Policial

Justiça realiza audiência sobre caso de açougueiro que matou ex-esposa em Londrina

28 out 2020 às 20:47

O juiz da 1ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, iniciou nesta quarta-feira (28) a audiência de instrução e julgamento do denunciado Alan Borges, de 40 anos, preso após matar sua ex-esposa com 22 facadas no dia 6 de julho. O crime aconteceu na casa da vítima Sandra Mara Curti, que tinha 43 anos, e foi morta na frente dos filhos do casal de 12 e oito anos. 

"Foram ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. O assistente de acusação caminha convicto que o réu será denunciado e levado ao tribunal do júri pois não há duvidas que agiu com o intuito de matar Sandra de uma forma premeditada", explicou a advogada Inaiane Alves Gonçalves, do escritório Mário Barbosa Advocacia. 

A defesa do réu solicitou a revogação da prisão preventiva dele, que é por tempo indeterminado, mas foi indeferida. Borges continua detido no decorrer do processo. Agora, o juiz aguarda que uma equipe especializada realize oitiva com o adolescente, filho do casal, para posteriormente marcar a data do interrogatório do acusado. 

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Foto: Tarobá

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Mulher foi morta com 22 facadas
Era tarde de uma segunda-feira, quando o açougueiro chegou a casa da ex-companheira. Em depoimento à Polícia Civil ele confessou o crime, disse que teria ido até o local para tentar ver os filhos e teria sido impedido de entrar. Ressaltou que tentou em duas oportunidades entrar na residência naquele dia. 

Na segunda, conseguiu entrar e teria iniciado uma discussão. Em sua versão, ainda afirmou que foi agredido pela mulher e que estava com uma faca que usava no trabalho no bolso. "Perdi a cabeça e dei a facada nela", apontou. 

Porém, dez dias depois do crime, um laudo de necropsia do IML apontou que a causa da morte foi uma hemorragia provocada por 22 facadas. Os golpes teriam sido em várias partes do corpo como rosto, pescoço, mãos e ombro. O promotor do Ministério Público, Tiago Gerardi, denunciou Borges por feminicídio. 

Ainda no depoimento à Polícia Civil, o réu afirmou que não se lembrava de quantas facadas teria desferido contra a mulher com quem ficou casado por 14 anos e alegou: “Eu estava muito nervoso, se eu não tivesse tão nervoso, nem faria isso”. No velório de Sandra, revoltado, o tio de Borges conversou com a reportagem da Tarobá. 

Alan Borges. Foto: Reprodução


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