A juíza de Arapongas, Raphaella Benetti determinou a soltura de Ricardo dos Santos Pereira, de 18 anos. A decisão foi tomada na primeira audiência do caso que aconteceu nesta segunda-feira (06). O jovem é acusado de tentar envenenar a família colocando veneno de rato na comida que seria servida no almoço. Ele responde processo por tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Ao todo, cinco testemunhas foram chamadas, quatro de acusação e um arrolada pela defesa.
O réu não pode comparecer à audiência. A justificativa é que após uma fuga da cadeia pública de Arapongas, os detentos foram levados a uma área isolada para recontagem, o que impossibilitou a saída de Ricardo.
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Segundo a defesa, “as vítimas (pais de Ricardo) não temem pela sua integridade física com a soltura do filho”. Ele apontou ainda as condições precárias da Cadeia Pública, onde já foram registradas, apenas esse ano, três mortes de detentos. O Ministério Público concordou com a soltura, mas solicitou que Ricardo passe por tratamento para se livrar do vício das drogas.
A juíza acatou o pedido e determinou ainda que Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-AD), forneça uma vaga para o tratamento do réu. A comprovação de internação deve ser apresentada à justiça. Ricardo dos Santos Pereira deixou a Cadeia Pública de Arapongas ainda durante a tarde e voltou à casa dos pais.
Entenda o caso
Ricardo dos Santos Pereira estava preso desde o dia seis de março, quando os familiares chamaram a polícia, ao perceber que havia veneno misturado ao almoço da família.
No dia anterior a mãe contou que Ricardo teria chegado alterado em casa e discutido com os pais. Ele deixou um bilhete de despedida: “tô saindo fora desse barraco véio, quando você morrer eu venho pegar minha parte da herança É nois p*** c*** toma o cuidado".
Em depoimento ao delegado de Arapongas, Ricardo Jorge, o jovem disse que agiu num momento de raiva e que estava bêbado. Ele contou à polícia que achou o veneno na casa e queria que apenas pessoas especificas como o pai e mãe fossem atingidos. Mas também se disse arrependido do que fez.
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