O laudo do Instituto Médico Legal (IML), que foi divulgado nesta quinta-feira (22), aponta que o jogado Daniel Corrêa Freitas foi morto após ter o pescoço cortado por um objeto bastante afiado. O exame aponta que a causa da morte foi uma hemorragia externa, com a ruptura de vasos sanguíneos.
Segundo o diretor do IML, Paulino Pastre, a coluna cervical chegou a ficar exposta com o corte. O corpo também tinha um corte no supercílio, mas os peritos acreditam que possa ter acontecido no mesmo momento da degola.
Sobre o corte do pênis, o laudo não é conclusivo quanto a ter ocorrido antes ou depois da morte. “Nossa investigação chegou à conclusão que o corte muito provavelmente aconteceu após a degola parcial, mas como talvez ainda existissem sinais vitais, não é possível precisar o momento temporal antes ou posterior. Mas adotamos pelos dados, de ter acontecido logo após a degola”, explicou o diretor do IML.
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Questionado sobre o momento do corte do pênis, o delegado Amadeu Trevisan disse não acreditar que isso pudesse modificar algo do investigado até aqui. “Eu entendo que a tortura começou já na residência. Ele sofre espancamento no quarto, depois é espancado no corredor e na calçada e é colocado violentamente no porta-malas. Então já é configura uma violência muito grande e uma tortura física. Isso sem contar a psicológica, já que com certeza ouviu o que iria acontecer”, disse.
Os depoimentos apontam que Edison Brittes Júnior teria usado uma faca de aproximadamente 30 centímetros para o crime, mas o objeto não foi encontrado.
O crime
Daniel foi encontrado morto na manhã de 27 de outubro, na zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ex meia de Coritiba e São Paulo, ele atualmente atuava no São Bento, time da série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a polícia, ele estaria em uma festa e morreu após enviar fotos de Cristiana Brittes para amigos em um grupo de WhatsApp.
Sete pessoas foram indiciadas pela morte: Edison Brittes Júnior (Juninho Riqueza), 38 anos – homicídio qualificado e ocultação de cadáver; Eduardo da Silva, 19 anos – homicídio qualificado e ocultação de cadáver; Igor King, 20 anos – homicídio qualificado e ocultação de cadáver; David Willian Vollero da Silva, 20 anos – homicídio qualificado e ocultação de cadáver; Cristiana Brittes, 35 anos – coação de testemunha e fraude processual; – Allana Brittes, 18 anos – coação de testemunha e fraude processual; e Eduardo Purkote, 18 anos – lesões graves.
Nota
Em nota, a defesa técnica de Edison Brittes Junior, Cristiana Rodrigues Brittes e Alana Brittes informou que só irá se manifestar a respeito dos laudos periciais sobre a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, apresentados na tarde desta quinta-feira, dia 22 de novembro, após tomar conhecimento integral de seu conteúdo.
Fonte: Banda B