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MP pede relaxamento de prisão de ex-GM acusado de matar adolescente em Londrina

29/10/20 às 09:04 - Escrito por Redação Tarobá News
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O promotor, Tiago de Oliveira Gerardi, enviou pedido à justiça com relaxamento da prisão do ex-guarda municipal Fernando Ferreira das Neves. O ex-agente público foi acusado por homicídio qualificado e fraude processual no caso da morte do estudante Matheus Evangelista, 18 anos, no dia 11 de março de 2018.

Ferreira Neves está preso está preso preventivamente há mais de dois anos, ou seja, por tempo indeterminado. O processo já foi terminado, mas a sessão de julgamento teve que ser adiada três vezes por conta das pandemia de Covid-19. O último julgamento estava marcado para esta terça-feira (27), mas foi, novamente transferido de data, já que a sala do Tribunal do Júri não está adaptada para receber sessões.

Segundo o Ministério Publico, o pedido de relaxamento de prisão não anula os indícios da autoria do delito contra o acusado.

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“Sua liberdade, no momento, não se mostra danosa à ordem pública, econômica, à conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal, bem como não resta demonstrado o perigo gerado pelo estado de liberdade”, aponta o pedido.

Caso a justiça acate o pedido, o ex-guarda municipal, vai ter cumprir medidas cautelares que foram estabelecidas, como usar tornozeleira eletrônica, não manter contato com pessoa relacionadas ao caso, não sair da cidade sem autorização e não sair de casa a noite e aos finais de semana.

A justiça ainda não tem prazo para decidir se Ferreira Neves será solto.

A família de Matheus Evangelista
Segundo o advogado Mário Barbosa, auxiliar de acusação que acompanha a família de Matheus Evangelista, os familiares do adolescente ficaram bem decepcionados com a postura adotada no Parecer Ministerial. “Aos seus olhos, eles acreditam que o MP sequer deu o trabalho de fundamentar a mudança repentina de opinião. Chega a desanimar!”, apontou, indicando também a posição da família sobre a mudança de posicionamento do Ministério Público que foi contra a soltura de Fernando Ferreira das Neves outras vezes. O advogado já entrou com uma manifestação contrária ao medido do MP.

"A restrição da liberdade é impreterível a assegurar à ordem pública, pois a soltura do réu impediria o resultado útil do processo, bem como colocaria em risco à sociedade londrinense, considerando a gravidade concreta do delito e o seu modus operandi. Além de colocar em risco a coleta da prova e o normal desenvolvimento do processo, tendo em vista que as testemunhas apontaram concretamente a existência de ameaça, demonstrando a necessidade da segregação, visto que a sessão do Tribunal do Júri venha ocorrer sem qualquer ingerências a comprometer a instrução criminal (conveniência da instrução processual)", escreve o advogado Mário Barbosa, no pedido. 

Relembre o caso
A primeira versão apresentada que os Guardas Municipais contaram é que Matheus Evangelista estava baleado quando chegaram para atender uma ocorrência de perturbação de sossego no jardim Porto Seguro. Eles teriam sido chamados por moradores incomodados com o barulho. Amigos do rapaz ouvidos pela Polícia Civil desmentiram essa versão. Durante reconstituição do caso, o delegado que conduziu o caso, Ricardo Jorge, informou que o tiro que matou Evangelista saiu da pistola de Fernando Neves. Em novembro de 2018, a justiça decidiu que o GM iria a Juri Popular, mas o julgamento já foi adiado três vezes. Evangelista foi morto com um tiro no pescoço. Os pais do jovem morto estão recebendo uma pensão, equivalente a dois terços de um salário mínimo por mês, da prefeitura.

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