Policial

Mulher que causou acidente fatal estava preocupada com seu cabelo, diz policial

07 dez 2018 às 16:07

A Justiça ouviu nesta sexta-feira (7) um policial que atendeu a ocorrência do acidente que terminou com a morte do porteiro Júlio César Fontana, 41 anos. No dia 14 de agosto deste ano a vítima estava de moto na BR 369, perto do Parque Ney Braga, quando foi atingido violentamente por um Toyota Etios. 

Segundo o agente da PRF Marcus Cesar Bonache, a condutora do veículo Luciana Vieira Siqueira, de 32 anos, estava completamente desorientada após o acidente. Diante do cenário de completa destruição dos veículos, ela teria, segundo Bonache, demonstrado preocupação com o seu cabelo. 

"Talvez até por causa da embriaguez ela estava bem exaltada, arrogante, muito preocupada com cabelo e outras situações. E a gente fica meio chocado. Uma vítima em óbito, que veio a falecer, e ela preocupada com outras situações. Talvez até pelo efeito do álcool", afirmou. 

Ao realizar o teste do etilômetro em Luciana, a PRF constatou a presença de 0,64 miligramas de álcool por litro, quando o permitido é 0,04.

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Em juízo, o policial afirmou ter conversado com um casal que presenciou a condutora do carro praticando direção perigosa antes do acidente. Segundo as testemunhas, ela saiu de uma lanchonete de fast food na avenida Tiradentes dirigindo a mais de 100 km/h, passando pelos semáforos fechados. 

Segundo o relato do casal, "ela tentou entrar no drive thru e voltou em alta velocidade. Ela deu ré e teria subido com o carro no canteiro central. Aí elas viram que ela não estavam bem e tentaram impedir ela. Mesmo assim ela deu partida, eles tentaram sair e tirar (a condutora do carro), não conseguiram e ela saiu em alta velocidade", afirmou o policial. 

Próximos depoimentos e júri popular 

Outras três testemunhas do caso serão ouvidas pela Justiça: o casal que fez o relato ao policial e outro policial rodoviário. Só depois a acusada prestará depoimento e poderá se defender das acusações. Em seguida, a justiça decidirá se ela deve ou não ir à júri popular. 

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