Policial

PF cumpre mandado em Apucarana em operação contra tráfico de armas

05 mar 2020 às 08:57

Apucarana é um dos alvos de cumprimento de mandado na operação contra tráfico internacional de armas de fogo da Polícia Federal. A ação foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (05) em outras quatro cidades do Paraná. O alvo da ação na cidade não foi revelado. 

Mas, a operação Gun Express acontece, simultaneamente, em outros oito estados e dezoito cidades. Cerca de 310 policiais federais estão cumprindo 62 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraíba, Sergipe, Santa Catarina, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.   

A investigação teve início no primeiro semestre de 2018, quando a Polícia Federal identificou que armas de fogo estariam sendo remetidas pelos Correios, escondidas dentro de equipamentos de treino para artes marciais, como aparadores de chute, luvas e caneleiras.  

A partir daí a PF identificou que um grupo de pessoas dos estados do Paraná, Bahia e Rio Grande do Norte atuavam em associação na importação, guarda, remessa e transporte de armas de fogo, acessórios e munições, que teriam como destino diversos outros estados do país, com destaque para Bahia e Rio Grande do Norte.

Foram realizadas também apreensões de armamentos e acessórios escondidos em tanques de combustíveis de veículos, usados durante o transporte para alguns dos Estados do nordeste.

A estimativa é de que o grupo remeteu e transportou, desde o ano de 2016, mais de 300 armas de fogo, investindo cerca de dois milhões de reais na compra do armamento.

Foi identificado que parte do pagamento das armas era feito por intermédio de empresas de fachada controladas por suspeitos da Bahia e do Rio Grande do Norte para dar aparência lícita aos repasses financeiros feitos pelo sistema de transferências bancárias.

Estão sendo executados 27 bloqueios judiciais de contas bancárias e aplicações financeiras, bem como sequestro e arresto de bens de 26 pessoas físicas e 1 pessoa jurídica, além da constrição judicial de 10 veículos em nome de terceiros.

Foram decretadas, ainda, 6 medidas cautelares diversas da prisão para outras pessoas envolvidas na investigação.  

Ao menos, 28 pessoas devem ser indiciadas pela PF pela prática do crime de tráfico internacional de armas de fogo, lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

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