O delegado Ricardo Jorge, da delegacia de Homicídios concluiu, nesta sexta-feira (15), o inquérito do atropelamento de Vanessa prado, 33 anos, no dia 3 de março. Rodrigo Batistoni, de 19 anos, preso dias após o crime, foi indiciado por homicídio qualificado, “por ter agido com no mínimo dolo eventual”. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Batistoni está preso desde o dia 8 de fevereiro. O crime aconteceu em Arapongas.
Segundo o inquérito, as imagens do momento do atropelamento mostram que Rodrigo Batistoni entra pela contramão e “invade a faixa de estacionamento, avançando contra os pedestres e atingindo a vítima”. O veículo ainda estaria em velocidade mais alta que a permitida na via.
Para concluir o inquérito, a polícia civil também buscou imagens de câmeras de segurança. As de um supermercado de Arapongas, mostram Batistoni, com uma lata de cerveja aberta. Ele está acompanhado de amigos e comprando bebidas alcoólicas às 22h26, cerca de 3 horas antes do atropelamento. São caixas de cerveja e garrafas de vinho que segundo as investigações, foram consumidas até à 1h. Após isso, ele “assumiu a direção do veículo, provocando minutos depois, o atropelamento da vítima”.
As imagens do veículo, obtidas pela polícia civil, mostram que a Saveiro que atingiu Vanessa estava com para-brisa quebrado. A perícia apontou que a tampa do compartimento do motor e outras partes da carenagem apresentavam reparos recentes, o que para o delegado aponta que Rodrigo tentou vestígios do crime.
Rodrigo fugiu sem prestar socorro. Ele estaria acompanhado de uma adolescente na hora do acidente. A versão que ele apresentou quando foi preso, não condizia com as provas coletadas.
A defesa de Rodrigo Batistoni disso que apenas vai fazer pronunciamento nos autos.
Relembre o caso
Vanessa teve a morte cerebral confirmada na última quarta-feira (6) pelo Hospital João de Freitas, onde estava internada desde o último domingo (3) após ter sido atropelada. O motorista de uma picape branca seguia pela contramão, quando atingiu Vanessa que tinha saído de uma igreja, na Vila Nova, em Arapongas.
A família decidiu doar os órgãos e os rins vão beneficiar pacientes que estavam na fila dos transplantes.