Policial

Prefeito de Ibiporã se diz surpreso com vendas de terrenos em cemitério público

03 out 2019 às 11:43

O prefeito de Ibiporã, João Coloniezi (PMDB), se disse surpreso com as investigações que levaram a Policia Civil a deflagrar a Operação Necrópoles. Ao todo, foram cumpridos 50 mandados judicias contra alvos ligados a uma organização criminosa suspeita pela venda ilegal de terrenos no Cemitério Municipal São Lucas, na cidade que fica a 15 km de Londrina. Entre os alvos investigados estão um vereador e o diretor do cemitério, apontado como o líder da organização criminosa.

“São servidores de carreira, gente que tem cargo comissionado para administrar local público. Vou aguardar as investigações, os rumos e as informações da Polícia e do Ministério Público para tomar as atitudes”, comentou o prefeito.

Mas Coloniezi não descartou abrir procedimentos como investigações internas e de forma rápida. “Tem funcionário público envolvido, dinheiro público envolvido e as ações que nós vamos tomar vão depender do que vier de informação da polícia”, aponta. O que o prefeito contou que mais o surpreendeu é que, segundo ele, não há nenhum trâmite interno aberto ou denúncia com relação ao cemitério. “Nunca fomos informados, então não sabíamos e por isso tamanha surpresa”.

Segundo as investigações, a quadrilha vendia terrenos públicos no cemitério. Alguns dos jazigos, pertenciam, a família que não davam manutenção há bastante tempo. Assim, as ossadas eram retiradas, Algumas levadas para locais irregulares. “Se constatar a veracidade sobre a retirada das ossadas para venda de jazigos teremos que fazer uma auditoria para levantar qual a extensão disso, porque não existe protocolo na gestão abordando esse assunto”, manifesta.

Vereador diz que falou a prefeito
O vereador Rafael da Farmácia falou em entrevista, após depoimento na delegacia, que o prefeito sabia das irregularidades do cemitério de Ibiporã. "Eu fiquei sabendo da situação do cemitério no final da semana passada. Falei com o prefeito na última segunda-feira (03). Ele até me falou que era grave e que tínhamos que tomar providências e até que já tinha  denúncia com ele e que o problema era sério", contou o vereador. 

O prefeito disse apenas que se havia uma denúncia, que Rafael deveria ter formalizado com documentos, mas não admitiu ou desmentiu que tinha sido avisado anteriormente. Sobre um segundo caso, Coloniezi disse se tratar de uma situação de "2003 ou 2004", em que o mesmo tumulo teria dois donos. Ele acredita que isso seria um caso isolado. 

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