Policial

Presos filmam agressão em cela da cadeia de Assis

14 set 2018 às 10:00

O Tarobá News recebeu de um internauta, imagens feitas por presos da Delegacia de Assis Chateaubriand, na região Oeste do estado, em que mostram um preso, suspeito de violentar uma criança. 

No vídeo feito pelos próprios presos, eles questionam o fato do idoso ter abusado de uma criança. Em outro vídeo, o suspeito aparece dançando. Ele teria sido obrigado a passar batom e usar apenas cueca. 

Na imagem não é possível perceber se ele sofreu algum tipo de agressão física. 

O idoso de 74 anos foi preso na última terça-feira (11), depois que a mãe de uma criança de seis anos teria flagrado o homem abusando do menino. Ele tentou fugir, mas foi perseguido e preso. 

O questionamento feito pelo internauta é, como os presos estão com celular e porque o idoso está na ala comum e não em um isolamento. 

Entramos em contato com o delegado, Francisco Henrique Melo de Lacerda, e por telefone ele informou que um inquérito foi aberto para apurar o caso.  Ele explicou que o local onde o preso estava já é uma ala de seguro, onde outros detentos suspeitos de cometer os mesmos crimes são abrigados. Porém, os próprios presos se revoltaram pelo fato da vítima ser uma criança de seis anos. 

O idoso fez exames que apontaram lesões corporais, mas não houve registro de abuso sexual. 

O telefone usado pelos presos já foi localizado e recolhido.

Hoje presos apontados pelo idoso, devem ser ouvidos. Funcionários da delegacia também serão interrogados no inquérito para apurar como o telefone entrou na cela. 

"Nunca houve esse tipo de registro na cadeia de Assis", garantiu o delegado que afirmou tomar medidas de segurança sempre.

Atualmente a cadeia de Assis abriga 85 presos, a capacidade seria de no máximo 30 detentos.

Em agosto deste ano venceu o prazo dado ao Estado para que presos da cadeia fossem transferidos. O Ministério Público já pediu a interdição, mas nada foi feito até o momento. 

Segundo o delegado, além dos problemas estruturais e de insalubridade, a falta de segurança no local coloca em risco os agentes e abre brecha para tentativas de fuga. 

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