Policial

Principal prisão do PR funciona como 'quartel-general' do PCC, revela investigação da PF

08 ago 2019 às 15:42

Principal complexo prisional do Paraná, com vaga para 1.829 detentos (743 na PEP e 1.086 na PEP 2), a Penitenciária Estadual de Piraquara é um dos núcleos de lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e teria sido convertido numa espécie de centro contábil da fação. É o que revela um relatório da Polícia Federal (PF) obtido pelo portal UOL, o qual afirmna que, embora existam movimentações financeiras em outros locais (até por conta da abrangência da facção), é na penitenciária da Região Metropolitana de Curitiba que fica o grande centro de controle do crime organizado.

Segundo a reportagem assinada por Vinicius Konchisnki e Flávio Costa, é da PEP que ao menos dois chefes do PCC elaboram planilhas e verificam a arrecadação da quadrilha. O dado foi descoberto pela Operação Cravada, realizada anteontem pela PF em 23 cidades de sete estados.

Segundo o delegado da PF Martin Bottaro Purper, era do presídio de Piraquara que os integrantes do PCC comandavam asm ações criminosas praticadas em quase todos os estados do Brasil. A informação vem de encontro a dados obtidos em episódios recentes. No começo de 2017, por exemplo, rebeliões em unidades prisionais do Amazonas e de Roraima deixaram cerca de 100 mortos. Na época, conversas interceptadas pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF) já mostravam que o mentor dos ataques era alguém do PCC que estava no presídio do Paraná.

Para chegar a tal conclusão, a PF monitora desde fevereiro a atividade administrativa da facção no presídio de Piraquara. Desde então, detentos identificados como responsávels pela contabilidade da facção estão sendo isolados pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), o que estaria incomodando os bandidos, segundo Purper.

Por mês, a facção arrecadava e repassava até R$ 1 milhão, valor arrecadado a partir das mensalidades de R$ 250 pagas por membros da facção. Uma gota no oceano de dinheiro que o crime movimenta, mas que dá uma ideia do poderio econômico da facção. Ressalte-se: o montante, visto pela investigação como "fluxo de caixa", considera apenas a verba das mensalidades.

Fonte: Bem Paraná

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