O promotor de Vara Criminal de Astorga, Lucílio de Held Júnior, que apresentou à Justiça a denúncia de tortura contra três professoras de um centro municipal de Educação Infantil de Astorga, falou sobre as cenas de maus-tratos registradas em vídeo e que foram anexadas ao processo.
Nas imagens, segundo o promotor, é possível ver as crianças sendo tratadas com crueldade. “Crianças sendo carregadas pelos braços como um animal, sendo arremessadas no colchão, tomando tapas. E até uma professora com o pé na cabeça da criança pra que ela não se movimentasse”, revela.
LEIA MAIS: MP denuncia três professoras por tortura contra crianças em creche no Paraná
Leia mais:
Cinco homens são mortos em confronto com a Polícia Militar em Cascavel
Polícia Civil cumpre mandado de prisão por homicídio no bairro Santa Felicidade
PRF apreende quase 50 quilos de cocaína com casal no Paraná
Jovem é morto a tiros no meio da rua no Sanga Funda
Ainda de acordo com o promotor há informações de que nos banhos as crianças também eram maltratadas, Fato reforçado através de relatos das mães, que perceberam que essas crianças desenvolveram fobias do banho.
Entenda o caso - Três professoras da rede municipal de Astorga (norte do Paraná) foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná por tortura contra oito crianças de dois e três anos. Elas são acusadas pelo crime ocorrido no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Branca Eliza M Meirelles. Um vídeo arquivado ao processo confirma a violência.
Uma jovem que estagiava no centro foi quem fez a denúncia. Em parte da gravação é possível ver uma das professoras puxando uma criança pelo braço de forma brusca e jogando-a no chão. Depois a mulher ainda chuta outro aluno que está passando perto dela.
A mãe de uma menina de dois anos, relata que a filha constantemente chegava em casa com marcas pelo corpo. Questionadas, as educadoras afirmavam que a criança tinha se machucado enquanto brincava. A garotinha já chegou afirmar que apanhava da professora.
As docentes foram afastadas de suas funções e tiveram seus pagamentos suspensos. De acordo com o Ministério Público, as agressões ocorriam frequentemente, sugerindo sofrimento físico e psicológico, enquadrando-se como forma de tortura.
Amanhã, quinta-feira (06) um grupo de mães fará um protesto em frente à Prefeitura Municipal. Elas pedem a instalação de câmeras de segurança em todas os centros de educação infantil.
Fonte: TN Online