Segundo as investigações do Ministério Público, dos 29 pedidos de prisão preventiva que expedidos durante a Operação Irmandade, nesta quinta-feira (13), grande parte teve cumprimento no sistema prisional londrinense.
As apurações foram conduzidas pela 16ª Promotoria de Justiça de Londrina, em parceria com a 4ª Companhia Independente de Polícia Militar e foram voltadas a reprimir uma organização criminosa que age dentro e fora dos presídios.
Apenas em Londrina ordens judiciais foram cumpridas na Casa de Custódia, Penitenciária Estadual I e II, Cadeia Pública Feminina e Centro de Reintegração Social de Londrina, que conta com detentos do regime semiaberto. Para o MP, isso mostra que o comando continuava ativo dentro do sistema prisional.
Em outras cidades houve mandados em Borrazópolis, Cambé, Faxinal, Piraquara (Penitenciária Estadual I), Rolândia, Sertanópolis, Uraí, São Paulo (SP) e Lago da Pedra (MA). Os mandados foram deferidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Londrina.
A organização criminosa seria responsável pela prática de diversos crimes, como o tráfico e associação para o tráfico de drogas, tortura mediante sequestro, falsificação, dentre outros. Alguns desses crimes tem por objetivo a captação de recursos financeiros para o custeio das atividades da organização criminosa; outros – a exemplo da tortura mediante sequestro – são utilizados como espécie de penalidade a desafetos ou membros da própria facção, por meio do que é conhecido como “Tribunal do Crime”.
Além disso, houve ação na capital paulista e em um município maranhense. Ao todo, foram expedidos também 47 mandados de busca e apreensão.