Nada é tão ruim que não possa piorar – este é o saldo de mais uma derrota do União, que perdeu mais uma, teve Marcos Paulo expulso e agora precisa de quatro resultados favoráveis contra adversários diretos e uma vitória para evitar um rebaixamento mais que merecido. Não dá para negar que o União segue evoluindo e jogando melhor a cada partida, mas no futebol trata-se de vencer, e para vencer é preciso marcar gols; para empatar as vezes basta não levar nenhum e a equipe beltronense não faz uma coisa nem outra. Sem balançar a rede adversária há quatro jogos e sem vencer há seis rodadas, o União até criou mais chances que o Paraná e jogou melhor em boa parte do jogo neste sábado (7) pela décima rodada, mas não foi suficiente, e acabou derrotado por 2 a 0. Para ficar na primeira divisão o azulão precisa secar o PSTC contra Coritiba e Cascavel CR, e também o Toledo contra Operário e Paraná, além de vencer o FC Cascavel na última rodada, no dia 15 de março no Anilado.
Contra o Paraná o União mostrou muito mais organização dentro das quatro linhas do que em qualquer outro jogo do campeonato, fruto de treinamento e confiança no trabalho de Agenor Piccinin que talvez com mais tempo de trabalho tivesse feito algo melhor. Apesar de precisar ganhar fora o treinador encarou o Paraná com quatro volantes no time titular, além de Sato improvisado na frente, mas mesmo assim dos pés de Luan, Luiz Gustavo e Everton o União criou várias chances de gol, só que até agora o técnico não sabe o que é comemorar um gol sob o comando da sua mais nova equipe. São quatro jogos, quatro derrotas, sete gols sofridos e nenhum gol marcado.
O Paraná abriu o marcador aos 24 minutos do primeiro tempo quando Gustavo Mosquito escapou pelo lado direito e cruzou para Andrey aparecer antes que Félber no meio da área para desviar de primeira para o fundo do gol. Mesmo após perder o eixo durante alguns minutos o União não se abriu e voltou a equilibrar o jogo, porém faltava personalidade e qualidade no ataque improvisado. No segundo tempo, mesmo perdendo e precisando de gols, o União voltou com a mesma formação, com quatro volantes e pouca efetividade nas finalizações. Aos 13 minutos o Paraná deu uma aula e de pé em pé, com a bola no chão chegou ao segundo gol com Robson. Perdendo por 2 a 0 e somente aos 24 minutos Agenor tirou o lateral direito Sorbara para a entrada de Wilsinho que mal tocou na bola. A entrada de Douglas minutos depois causou algum dano na marcação do Paranã, mas era tarde e o União estava mais no desespero do que na organização. Aos 38 minutos Rafael Furtado foi lançado e ficou no mano a mano com Marcos Paulo que saiu da área e derrubou o atacante no momento em que estava sendo driblado e achou que sofreria o terceiro gol – justamente e sem reclamar ele levou o vermelho direto e fica fora, daquele que pode ser o jogo mais importante da história do União, que definirá a sua permanência na Primeira Divisão, contando com a possibilidade de que se for rebaixado o clube não tenha a mesma sorte e apoio para retornar à elite tão rapidamente.
Ficha do jogo:
Paraná 2×0 União
Estádio Durival de Brito – Curitiba
Paraná: Marcos, Paulo Henrique, Everson, Timbó, Hulk, Kazu, Michel Borges (Robson), Kaio, Andrey (Kennidy), Gustavo Mosquito e Marcelo (Rafael Furtado). Técnico – Allan Aal.
União: Marcos Paulo, Sorbara (Wilsinho), Félber, Samuel, Sendeski, Luiz Gustavo (Rudi), Everton, Rafael Machado, Léo Bartholo (Douglas), Sato e Luan. Técnico – Agenor Piccinin.
PPNews