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Vigília pede justiça por travesti assassinada em Londrina

10/02/22 às 16:27 - Escrito por Redação Tarobá News
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A Frente Trans de Londrina promove, nesta sexta-feira (11), a partir das 9 horas, uma vigília em frente ao Fórum da Comarca de Londrina pedindo justiça por Scarlety Mastroiany, assassinada na madrugada de 10 de dezembro de 2018 enquanto trabalhava na Avenida Leste Oeste. A travesti foi atacada por três homens com socos, chutes e golpes de arma branca, junto com sua amiga Bianca Duarte, sobrevivente das agressões. Um dos réus, José Mauro Lopes da Silva, encontra-se preso e vai a júri popular nesta sexta-feira.

Os outros dois acusados  - Anderson Aparecido dos Santos e Kenny Rogers Fioravante Pereira - entraram com recurso à sentença de pronúncia do Ministério Público e aguardam em liberdade. Néias-Observatório de Feminicídios Londrina soma-se à Frente Trans na manifestação.

No entendimento da organização, assassinatos de mulheres transexuais e travestis enquadram-se como feminicídios, a partir do previsto no inciso 2o do artigo VI da Lei que criou a qualificadora (13.104/15). No referido inciso prevê-se como feminicídios assassinatos cometidos por "II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher." Autoridades policiais e judiciais, no entanto, não têm partido desta leitura e esses assassinatos acabam classificados como homicídios.

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No caso de Scarlety, os réus, presos em flagrante na mesma data do crime, foram indiciados por homicídio qualificado com motivo torpe, "uma vez que agiram em razão do ódio e preconceito que sentiam pelas vítimas por serem travestis e realizarem programas sexuais", detalha a sentença de pronúncia do MP. No decorrer do processo, dois deles foram soltos.

A Frente Trans critica a morosidade da justiça. "Estamos cansades de ver corpas travestis caindo ao chão por preconceito e falta de oportunidade, sem direito à justiça, sem direito a uma vida digna".

Segundo o grupo, o Brasil segue como o país do mundo que mais mata pessoas transexuais, de acordo com o levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Apenas em 2021, foram computadas 140 mortes.

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