Política

12 vereadores de Londrina pretendem disputar as eleições de 2022

03 mai 2022 às 20:06

Ao todo são 12 vereadores de Londrina que pretendem disputar as eleições para deputado estadual ou federal. É mais que o dobro da eleição de 2018, quando cinco vereadores concorreram ao pleito. Pelo calendário do Tribunal Superior Eleitoral, o prazo para registro das candidaturas é de 20 de julho a 5 de agosto.

Para concorrer, o vereador não precisa se desincompatibilizar do cargo. Se perder a eleição, volta a ocupar a cadeira na Câmara Municipal. Se vencer, assume como deputado, mas não conclui o mandato de vereador.

Os motivos para que sejam pré-candidatos é querer aumentar a representatividade de Londrina no Congresso e na Assembleia Legislativa, dar destaque a pautas específicas como o esporte e a causa animal e atender a estratégia traçada pelas legendas a que pertencem.

Os vereadores Deivid Wisley (Pros), Eduardo Tominaga (PSD), Jessicão (Progressistas), Lenir de Assis (PT) são pré-candidatos a deputado federal.

A vereadora Mara Boca Aberta (Pros) também pretende disputar a uma vaga no congresso nacional. A confirmação da candidatura dela dependerá da definição de quem vai concorrer às eleições para o governo do estado.

Sete vereadores devem pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná. Quatro são do progressistas: Nantes, Matheus Thum, Daniele Ziober e Madureira.

Os outros três são: Jairo Tamura (PL), Giovani ,Mattos  (PSC) e Emanoel Gomes do Republicanos.

Para o professor de ética e filosofia política, a maioria das pré- candidaturas são inviáveis, mas podem servir para reforçar a imagem daqueles vereadores que estão de olho nas eleições municipais de 2024.

"Temos 12 partidos normalmente pequenos, portanto, os vereadores não têm estrutura financeira e apoio de seus partidos e muito menos uma envergadura maior para viabilizar uma candidatura que demanda de 30 a 40 mil votos. A maioria dos vereadores visam reforçar a sua imagem perante o eleitorado, ocupar espaço de mídia e antecipar as eleições de 2024, se apresentando aos eleitores para criar um vínculo ou fortalecer o que já é existente", afirma Elve Cenci.

Se essas pré-candidaturas se confirmarem ainda há o risco da diluição dos votos, fazendo a cidade perder representatividade política. Isso pode significar menos recursos e menor poder de pressão em defesa dos interesses da região. O ideal seria concentrar o apoio em um número menor de candidatos.

"Hoje temos dois deputados federais e três estaduais e quase 600 mil habitantes. Cascavel tem pouco mais de 300 mil habitantes e tem dois deputados federais e três estaduais e Maringá tem quatro deputados federais e quatro estaduais. Quando se analisa a proporção de eleitos, nós com a diluição de candidaturas e de votos, perdemos representatividade, ou seja, a nossa força política fica fragilizada", analisa o professor de ética e filosofia política. 

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