O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) admitiu, em depoimento nesta quarta-feira, 12, que mantinha no final dos anos 90 uma conta no exterior com recursos de caixa dois de campanha eleitoral. O peemedebista disse que tinha em torno de US$ 2 milhões depositados na conta Eficiência, no Israel Discount Bank, em Nova York. O dinheiro era administrado por Leon Chebar, pai dos doleiros Renato e Marcelo Chebar, delatores do esquema de Cabral.
"Eram sobras de campanha que mandei para o exterior. Havia muitas empresas dispostas a me ajudar nas minhas campanhas de reeleição", disse Cabral ao juiz Marcelo Bretas.
Leon, que já morreu, foi apresentado a Cabral por sua mulher, que era secretária dele. "Após algum nível de relação, no final dos anos 90 ele (Leon) já prestava serviço de caixa 2 de campanha eleitoral", disse.
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Ele contou que, em 2003, procurou Renato Chebar após o escândalo do Propinoduto (recebimento de propinas por fiscais de impostos do Estado, que tinham contas ilegais no exterior). "Quando ocorreu esse caso, era senador da República. Procurei Renato. Disse que estava incomodado com a conta no exterior". O ex-governador disse que nunca mais teve conta no exterior a partir de 2003.