A Comissão Processante (CP) aberta pela Câmara de Londrina após a deflagração da operação ZR-3 poderá ouvir os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mario Takahashi (PV) nesta quinta-feira (26). Os dois são réus por suposta participação em um esquema de propina em troca de mudanças de zoneamento e têm a conduta investigada pela CP.
Os vereadores só poderão depor após todas as testemunhas serem ouvidas. Na parte da manhã são aguardados os depoimentos de Nado Ribeirete, ex-presidente do Ippul e da Codel, Osmar Ceolin Alves, ex-membro do Conselho Municipal das Cidades e Ignês Dequech, ré na ZR3 e também ex-presidente do Instituto de Planejamento.
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Para entrar na Câmara, Dequech depende de autorização judicial, já que foi proibida de frequentar prédios públicos após ser acusada de envolvimento no suposto esquema de cobrança de propina. Alves e Takahashi, que foram afastados das funções por mais 180 dias, já obtiveram permissão judicial para entrar no Legislativo e depor à CP.
Nesta quinta a CP espera receber ainda depoimentos por escrito do deputado federal João Arruda (MDB-PR) e de João San Martin Paixão, secretário municipal da cidade de Poxoréu, no Mato Grosso do Sul, ambas testemunhas arroladas pela defesa de Takahashi.
Após a conclusão de todos os depoimentos, a Comissão vai produzir um relatório recomendando ou não a cassação dos vereadores, que deverá ser votado pelo plenário da Câmara até o dia 24 de agosto.
A CP é presidida pelo vereador Roque Neto (PR) e tem João Martins (PSL) na relatoria e Vilson Bittencourt (PSB) como membro.