Foi na noite de quinta-feira (20), na pequena TV Aparecida, num debate entre os presidenciáveis realizado em parceria com a rádio CBN, que a jornalista Joyce Ribeiro entrou para a história ao ser a primeira jornalista negra a mediar um evento deste porte.

O fato foi citado pelo candidato Ciro Gomes (PDT) e bombou no Twitter. Joyce foi aclamada pelos internautas e recebeu inúmeros elogios que foram desde “segura” e “equilibrada” até “deslumbrante”

O site Congresso em Foco chegou a afirmar: “Nossa opinião: Joyce Ribeiro (@joyceribeirotv), primeira negra a moderar um debate de presidenciáveis na TV brasileira, é o grande destaque do #DebateAparecida. Segura, elegante, equilibrada e linda. Arrasou!”

Leia mais:

SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

A jornalista ocupa a bancada do Jornal da Cultura, na TV Cultura, desde abril, mas foi convidada pela CNBB para participar da mediação.

Antes de apresentar o jornal, Joyce trabalhou por mais de 12 anos na SBT em diversos programas. O último foi como âncora do PrimeiroImpacto, em que dividia a tela com Dudu Camargo. A dupla se envolveu em um embate quando Joyce alfinetou Camargo ao dizer que "jornalismo não deveria ser tratado como espetáculo". Como resposta, ele declarou que era mais eficiente que a jornalista em dar audiência para o programa.

De acordo com Ribeiro, a demissão da emissora não gerou mágoas e foi um incentivo para buscar novos desafios. Durante o desemprego, a jornalista contribuiu para o livro Deixa Enrolar: A História dos Cachos e Crespos no Brasil.

Sobre a representatividade de jornalistas negros na televisão, Joyce argumenta que "a questão racial faz a gente perder talentos e desperdiçar mentes brilhantes em todas as áreas."

"Eu vivi e vivo na pele essa situação. Não adianta eu dar uma palestra numa faculdade e dizer aos alunos que eles precisam se esforçar para aprender e lutar por seus objetivos, sendo que o mercado está fechado para eles única e exclusivamente porque eles têm a pele negra", disse em entrevista ao Notícias da TV.

Fonte: revista Fórum e Huffpostbrasil