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Economistas de Bolsonaro e Haddad trocam farpas em debate

22/10/18 às 13:55 - Escrito por Estadão Conteúdo
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Uma discussão sobre princípios liberais virou motivo de troca de farpas em debate promovido nesta segunda-feira, 22, pela rádio Jovem Pan entre os economistas dos dois candidatos que disputam o segundo turno da corrida à Presidência da República.

Após ouvir, nas considerações iniciais, críticas tanto à estrutura tributária quanto à falta de competição no setor bancário feitas pelo economista Guilherme Mello, assessor econômico de Fernando Haddad (PT), o assessor de Jair Bolsonaro (PSL), Carlos Alexandre da Costa, disse ter ficado feliz ao descobrir outro candidato liberal. "Fico feliz em ver outro candidato liberal conosco", comentou o economista, em declaração que provocou aplausos da plateia.

Em resposta, Mello disse não ver problema em ser chamado de liberal, emendando que um verdadeiro liberal nunca defenderia a ditadura ou a tortura. O economista acrescentou ainda que o pensamento liberal historicamente defendeu os direitos humanos, bem como as minorias.

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Nesse momento, Mello recebeu uma reação hostil da plateia, que cobrou dele uma resposta rápida a uma pergunta sobre outro tema. "Vou responder a pergunta, mas acho importante lembrar o que é liberalismo", afirmou o economista.

As divergências entre os economistas dos presidenciáveis se deram por diferenças nos receituários de como resolver a crise fiscal e retomar o crescimento econômico.

O assessor de Bolsonaro defendeu uma agenda de redução do tamanho do Estado e privatizações, ao passo que o economista de Haddad sustentou que o ajuste deve ser precedido por crescimento econômico, cujo indutor seriam a retomada de obras públicas e o fortalecimento dos programas de transferência de renda.

"Depois desse gatilho, você discute as reformas estruturais", comentou Mello. "Não existe ajuste bem sucedido nas contas públicas com estagnação econômica. O crescimento facilita o ajuste", acrescentou o economista do PT, que também disse ser inviável a promessa de Bolsonaro de zerar o déficit primário das contas públicas já no ano que vem.

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