Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Em meio a apoiadores, Bolsonaro afirma que País não pode parar

29/03/20 às 13:52 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

Em meio a apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil não pode parar por conta da pandemia de covid-19 e que é necessário que o governo trabalhe em duas frentes: saúde e economia. Bolsonaro visitou comércios locais em diferentes regiões do Distrito Federal neste domingo, 29. Foi a padarias, supermercados, postos de gasolina e até mesmo ao Hospital das Forças Armadas.

Bolsonaro disse que não há como negar que existe um problema em relação à propagação do coronavírus, mas que o desemprego também pode ser uma doença. "O povo tem que trabalhar ou a fome vem aí. O desemprego é terrível. O Brasil não pode parar. O povo tem dito para mim, se é que devemos seguir o povo e eu acho que sim, todo mundo está pedindo para trabalhar", disse em um açougue em Taguatinga, a cerca de 30 km do Palácio da Alvorada.

Ele voltou a afirmar que os trabalhadores informais serão os mais prejudicados com a crise por conta da propagação da doença no País. "São 38 milhões de informais, mas parte considerável não é que perdeu emprego, não tem onde buscar sustento", disse. "Está chegando ajuda do governo?, vai chegar R$ 600, mas não é o suficiente", acrescentou para uma apoiadora que relatou não ter comida em casa.

Leia mais:

Imagem de destaque
SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

Imagem de destaque
ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

Imagem de destaque
ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

Imagem de destaque
ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

Para populares, Bolsonaro defendeu que sejam tomadas medidas de precaução contra a doença, mas principalmente para idosos e pessoas do grupo de risco.

O presidente afirmou que, nestes casos, "a gripe" pode ser mais grave e serão tratados com hidroxicloroquina. O medicamento, que tem sido usado em hospitais brasileiros, ainda não tem sua eficácia comprovada.

Apesar de falar em medidas de precaução, Bolsonaro não seguiu todas as recomendações do Ministério da Saúde. O presidente sorriu e brincou todas as vezes em que populares chegaram para cumprimentá-lo com apertos de mãos, mas dizia que "não podia". Mas ficou em meio a aglomerações para tirar fotos e selfies com apoiadores.

A atitude e o discurso de Bolsonaro, aplaudido por populares, vai na contramão do que é defendido pelo seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Como revelou à colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanhêde, durante uma reunião nesse sábado, 28, Mandetta pediu para que Bolsonaro não menospreze a gravidade da pandemia em suas manifestações públicas.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá