Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Escurinho do cinema reúne opositores

08/09/17 às 08:15 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

O que pode dar errado quando um petista e um tucano vão a uma sessão não da Assembleia, mas de cinema assistir a um filme sobre a Operação Lava Jato? Apesar do embate entre as siglas, os deputados estaduais José Américo (PT) e Marco Vinholi (PSDB) aceitaram o convite do Estado para assistirem ao filme Polícia Federal: A lei é para todos.

Sentados lado a lado, eles trocaram ideias tranquilamente durante os trailers. "Estão falando em uma continuação. Duvido! Acho que vai ser um fracasso de público", disse Américo ao perceber que a sala não estava lotada. Vinholi, que chegou a estudar Cinema por um período, afirmou que estava "curioso para ver a abordagem do diretor".

Sobre a polêmica que ronda o filme - quem são seus financiadores? - os dois concordaram que a não divulgação da identidade de quem investiu "grana" no longa pode dar margem a suspeitas. "O filme tem muitas cenas de estúdio, o que não justifica o custo de R$ 16 milhões", falou o petista.

Leia mais:

Imagem de destaque
SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

Imagem de destaque
ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

Imagem de destaque
ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

Imagem de destaque
ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

Lula. Durante a sessão, Américo foi pontuando o que chamou de "incongruências". "A PF não tem agente? São os delegados que dirigem os carros durante as ações." Incomodou também a reação do "Lula do filme" durante a condução coercitiva.

No filme, o ex-presidente pergunta sobre o agente Newton Ishii, conhecido como "japonês da Federal", e diz que ele é um ladrão. "A imprensa toda deu que, na ocasião, o Lula fez uma piada sobre o japonês da Federal. Não é da personalidade do Lula chamar alguém de ladrão". Para Américo, o Lula interpretado pelo ator Ary Fontoura não seria eleito "nem vereador no interior".

Vinholi chamou atenção para a participação discreta do juiz Sérgio Moro, interpretado pelo ator Marcelo Serrado. "O diretor preferiu focar na PF", afirmou.

Para Américo, o longa é "propaganda institucional da PF, uma peça tendenciosa que só visa a atacar o PT e o Lula". O petista achou "ruim e raso". "O (Eduardo) Cunha quase não é citado."

Vinholi ponderou que o filme cumpre o papel de retratar parte da Lava Jato e disse "que deve encontrar ressonância no público". Ele também considerou natural que o foco seja o PT. "Normal, era o partido que estava no poder quando tudo começou." No final, o filme foi aplaudido pela plateia.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá