Política

Fã de Bolsonaro e no partido de Belinati, Jessicão promete defender 'cidadão de bem' e fiscalizar Executivo

23 nov 2020 às 12:42

Ela é mulher e homossexual, mas garante que não é nenhuma dessas bandeiras que a colocou na Câmara de Vereadores de Londrina. Eleita com 2523 votos pelo Partido Progressista (PP), para a próxima legislatura, Jéssica Ramos Moreno, ou apenas Jessicão, pode assustar, inicialmente pela postura agressiva ao defender algumas pautas, mas ela já sabe que na política é preciso, também, uma boa dose de diplomacia.

Estreante nas urnas, a vereadora eleita não é bem uma estreante de Câmara. Foi por dois anos, assessora parlamentar do então vereador Filipe Barros, do PSL, e por quase dois do então eleito deputado federal, o padrinho político. E essa experiência, ela acredita que pode ajudar.

“Eu já entendo um pouco da Câmara, já sei um pouco como se resolvem as coisas lá dentro. Mesmo agora, tomando decisões”.

Jessicão é declaradamente uma “defensora da direita londrinense”, mas se candidatou e foi eleita pelo PP, um partido tradicional por fazer parte do “Centrão”, um conjunto de partidos políticos que não possuem uma orientação ideológica específica. “Eu fiz parte do PSL, mas resolvi me retirar, após o que eu acredito que foi uma traição. Como em Londrina não temos outros partidos que sejam de direita, como o PP não fez objeção à minha entrada e estava alinhado às ideias do Presidente Jair Bolsonaro, eu fiz a troca”, explicou.

Estando no PP, ela também está no partido que é do prefeito Marcelo Belinati. Mas ela garante que isso não vai facilitar o trabalho do Executivo, ao menos não por parte dela. “Eu vou contra se sentir que algum direito está sendo retirado do londrinense e que ele está sendo prejudicado, não tenha dúvidas que eu vou para cima. Eu não tenho medo de represália de partido”.

Apesar de ser a primeira mulher eleita que se declara LBGTI+, Jessicão não considera essa como uma bandeira a ser defendida durante o mandato. “Se tiver algum problema com algum LBGT, com alguma mulher, com algum negro, é obvio que eu vou lá ajudar a defender. Mas esse não é o meu mote de campanha. Eu estou aqui para defender o cidadão de bem”.  

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