Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Funaro diz que entregou 'malas de dinheiro' a Geddel

14/07/17 às 10:10 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

O corretor Lúcio Funaro disse, em depoimento à Procuradoria da República em Brasília, ter entregue "malas ou sacolas de dinheiro" ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, Geddel foi liberado para o regime domiciliar pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), e embarcou na noite desta quinta-feira, 13, para Salvador, mesmo sem tornozeleira eletrônica.

As declarações de Funaro constam de pedido do Ministério Público Federal (MPF) para que Geddel fosse preso novamente e que foi negado quinta-feira pelo juiz titular da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney Oliveira.

Os procuradores Anselmo Lopes e Sara Moreira Leite haviam voltado a pedir a prisão do ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da gestão Michel Temer, alegando que novos elementos colhidos na investigação mostram que Geddel cometeu os crimes de exploração de prestígio e tentou embaraçar as investigações. Os procuradores se basearam nos depoimentos de Funaro e de sua mulher, Raquel Pitta, que detalharam contatos feitos pelo ex-ministro.

Leia mais:

Imagem de destaque
SAIBA MAIS

TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato

Imagem de destaque
ACUSADO DE XENOFOBIA

Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador

Imagem de destaque
ENTENDA

STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato

Imagem de destaque
ENTENDA

Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024

Segundo o MPF, Funaro também disse que Geddel "alegou exercer influência criminosa sobre o Poder Judiciário da União". O corretor narrou à Polícia Federal que, após a realização de sua audiência de custódia, Geddel mandou mensagem via WhatsApp reclamando da troca de advogado do corretor e disse que, com a entrada da nova defesa, tinha "ficado ruim para o juiz".

No entendimento do MPF, a revelação de Funaro mostra que Geddel tentava monitorar o ânimo do corretor em fazer possível colaboração premiada e ainda alegava, perante ele e sua família, exercer, direta ou indiretamente, influência sobre decisões que interessariam à defesa de Funaro, nos processos relacionados à Operação Sépsis, na qual este último é réu.

Tornozeleira

Autor da decisão que transfere Geddel para a prisão domiciliar em Salvador, Bello decidiu que a ausência do equipamento de monitoramento em Brasília não deveria impedir a transferência dele. A decisão veio após o desembargador ter sido informado, por meio de nota, pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal, ligada à Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, que não havia tornozeleira eletrônica disponível.

Considerando que Geddel vai ficar recolhido em casa, Bello determinou que a Superintendência da PF no Estado da Bahia aplique a tornozeleira eletrônica em um prazo de 48 horas. (Colaborou Luiz Vassallo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá