O candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira, 21, que o governo da ex-presidente cassada Dilma Rousseff foi alvo de sabotagem e negou a existência de qualquer atrito com a candidata ao Senado por Minas Gerais. O candidato visitou a cidade histórica de Ouro Preto, na região central de Minas Gerais.
"A sabotagem começou no dia da eleição, e o próprio PSDB reconheceu isso", disse Haddad, se referindo à entrevista dada pelo ex-presidente do PSDB, Tasso Jeiressati, ao jornal O Estado de S. Paulo. Ao ser questionado sobre uma possível troca de farpas com a ex-presidente, Haddad negou e abraçou Dilma. "Às vezes vocês adoram inventar", disse a candidata ao Senado.
Além de Dilma, o ex-prefeito de São Paulo esteve acompanhado da candidata à vice-presidente, Manuela D'Ávila, do PCdoB, do governador mineiro, Fernando Pimentel, candidato à reeleição pelo PT, da postulante a vice-governadora, Jô Moraes, do PCdoB, e também do segundo candidato ao Senado da coligação, Miguel Corrêa, também do PT, presente em um ato de campanha da chapa mineira pela primeira vez.
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No discurso, na Praça Tiradentes, um dos principais pontos turísticos de Ouro Preto, Haddad lembrou de suas ações quando esteve à frente do Ministério da Educação, durante o governo Lula. O ex-prefeito de São Paulo falou sobre ter transformado a cidade histórica em "cidade universitária", e lembrou também da criação da criação das cotas universitárias, voltadas para estudantes de escolas públicas e de classe baixa.
Além do ato público de campanha, Haddad visitou o Museu da Inconfidência e assinou uma "carta-compromisso" com medidas voltadas para a cultura nacional. "É um compromisso com a nossa história, vamos fazer alterações na legislação de fomento à cultura, para incorporar uma parcela do orçamento voltado para o patrimônio histórico", disse o petista, após lembrar do incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro.
Ciro
Em Ouro Preto, Fernando Haddad evitou fazer qualquer crítica ao candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. "O Ciro às vezes diz uma coisa e às vezes diz outra. Eu gosto dele, ele é amigo nosso", disse. Na última quarta-feira, 19, Ciro afirmou que não apoiaria o petista em um eventual segundo turno com Jair Bolsonaro, do PSL. "Nem a pau, Juvenal", disse.
Na última pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira, 19, Fernando Haddad confirmou a tendência de crescimento nas intenções de voto. O petista saltou do quinto lugar, com 8% - na pesquisa do dia 11 de setembro - e apareceu na segunda colocação com 19% dos votos, deixando para trás Ciro Gomes, com 11%, Geraldo Alckmin, do PSDB, com 7%, e Marina Silva, da Rede, com 6%.