Pela primeira vez, os treze réus da Operação ZR3 foram ouvidos pela justiça. Nos interrogatórios da tarde desta quarta-feira (21), eles puderam se defender das acusações de fazerem parte de uma suposta organização criminosa que recebia valores para mudanças pontuais de zoneamento.
O primeiro a prestar depoimento foi Luiz Guilerme Alho, que teve preferência por estar com pneumonia. O empresário era membro do Conselho Municipal das Cidades e é acusado de usar influência política para mediar o pagamento de propina a parlamentares e servidores para aprovação de projetos de mudança de zoneamento em Londrina. Alho e o advogado não quiseram gravar entrevista.
O segundo a responder perguntas do juiz da segunda vara criminal, Delcio Miranda da Rocha, foi o ex-assessor parlamentar Evandir Duarte Aquino. Depois, vieram os vereadores Rony Alves e Mário Takahashi. Eles demonstraram tranquilidade e consideram a audiência uma oportunidade para demonstrar inocência. Takahashi já voltou ao cargo na câmara, após decisão da justiça e Rony Alves também tenta judicialmente retomar a posição de vereador. Esta ação criminal tem treze réus; o ex engenheiro da Secretaria Municipal de Londrina, Ossamu Kaminagakura foi demitido do cargo público após ser condenado em outro processo administrativo.
Leia mais:
TSE rejeita recurso de Cloara Pinheiro; defesa diz que decisão não afeta mandato
Câmara de Apucarana descarta cassação de Vereador
STF anula mais uma condenação de Moro contra André Vargas na Lava Jato
Terminal Rodoviário é novo ponto de votação para as eleições de 2024
Na operação ZR3 ele foi acusado de receber vantagens indevidas para facilitar o andamento de processos de zoneamento. A ex-presidente do IPPUL, Maria Inês Dequech, os empresários Homero Wagner Fronja e Vander Mendes Ferreira, além de Cleuber Moraes, que também era membro do CMC, são acusados de envolvimento no caso. O Ministério Público aponta para crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva.
Reportagem: Lívia de Oliveira