O presidente da Câmara Municipal, Alécio Espínola, abrirá daqui a pouco as portas do gabinete para a imprensa, informando na manhã desta sexta o parecer chancelado pelo procurador jurídico do Legislativo, Rafael Salvatti, sobre o caso do vereador Damasceno Júnior.
Ele divulgará entendimento de que a Comissão de Ética e Decoro deverá concluir relatório das investigações e levar ao plenário o debate e votação acerca da cassação ou não do parlamentar denunciado por assessoras, das quais teria exigido parte dos salários sob ameaça de demissão.
O parecer aponta que o caso é grave e não comporta penalização branda. A Comissão pediu o posicionamento da Mesa e a presidência não enrolou. Conforme especulações, os cinco parlamentares investigadores estão propensos à aplicação da pena máxima e não somente suspender Damasceno 180 dias, sem remuneração.
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O relator Misael Júnior quer concluir rápido o trabalho e, no caso de a pena proposta ser mesmo cassar o mandato, levar a questão ao crivo do plenário. Serão necessários 14 votos para aplicação da sanção extrema. O acusado é reincidente e, enquanto alega inocência, tem feito declarações polêmicas como a de temer ficar doente e ser assassinado em um
hospital. Também sustenta que teve caso amoroso com, no mínimo, uma das assessoras denunciantes. Segundo as mídias sociais, mulheres estão organizando manifestação pública contra o vereador. A Comissão de Ética também tem Olavo Santos, Romulo Quintino, Pedro Sampaio e Josué Souza.