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Primeiro dia de depoimentos na CP da ZR3 tem ânimos acirrados

06/07/18 às 11:42 - Escrito por Rafael Sanchez
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A Comissão Processante (CP) que investiga Rony Alves (PTB) e Mario Takahashi (PV) na Câmara de Vereadores teve seu primeiro dia de oitivas marcado por momentos de ânimos acirrados. Durante o depoimento de Júnior Zampar, o advogado de Alves, Maurício Carneiro, chegou a pedir a prisão do agricultor, que denunciou ao Ministério Público (MP) o suposto esquema de pagamento de propina em troca de mudanças de zoneamento. 

“Ele (Júnior Zampar) mente para a Comissão, por isso foi dada voz de prisão para ele”, afirmou o Carneiro em entrevista coletiva. Com isso, a defesa de Alves demonstra que a estratégia será desacreditar o depoimento de Zampar, cuja oitiva durou uma hora e meia. Sem advogados para acompanhá-lo, ele deixou a Câmara visivelmente abalado. 

O primo dele, Carlos Zampar, também prestou depoimento como testemunha de acusação, mas ficou apenas 15 minutos na sala. A investigação desencadeou a operação ZR3, que tem processo correndo na Justiça comum, e a Comissão Processante na Câmara, que pode levar à cassação dos vereadores Alves e Takahashi. Os dois estão afastados do cargo até 24 de julho, por determinação judicial, mas já voltaram a receber os salários, de R$ 13 mil cada. Ambos foram acompanhar os depoimentos junto com os advogados.

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Sem advogados para acompanhá-lo, Júnior Zampar deixou a Câmara visivelmente abalado

O ex-diretor de loteamentos da secretaria de Obras Ossamu Kaminagakura foi ouvido durante 5 minutos e aparentemente se recusou a responder aos questionamentos dos vereadores. Ele é acusado de ter praticado corrupção passiva na aprovação de loteamentos, emitindo pareceres em troca de propina. 

Já Luiz Guilherme Alho, que era membro do Conselho Municipal das Cidades (CMC), ficou cerca de uma hora respondendo os questionamentos. Ele é acusado de intermediar o contato entre empresários interessados em pagar propina para promover mudanças de zoneamento e os vereadores, responsáveis por propor e aprovar os projetos de lei na Câmara. 

Outras 23 testemunhas, entre elas um sobrinho do senador Roberto Requião (PMDB), ainda devem ser ouvidas pela Comissão Processante. Os vereadores pretendem encerrar a fase de depoimentos no dia 16 de julho. 

(Colaboração: Lívia de Oliveira)

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