Marcas de canalização, é assim que o código de trânsito brasileiro define a sinalização pintada em dois trechos da avenida das Torres, na zona norte. Atrás do cemitério Jardim da Saudade e perto da avenida Francisco Gabriel Arruda. É justamente nessa tecla que alguns especialistas de trânsito estão batendo. As chamadas por aí de “chicane” não serviriam pra reduzir velocidade.
As informações estão num relatório técnico feito pelo NIPA, Núcleo de Investigação e Prevenção de Acidentes, criado em Londrina há 8 anos. O Hilton é um dos integrantes. Ele defende a instalação de radares a exemplo de outras vias com alto índice de acidentes, como a Henrique Mansano, também na zona norte. A pintura foi feita pela CMTU, mas o estudo pra nova sinalização partiu de uma comissão de trânsito coordenada pelo Ministério Público. Um dos integrantes é o Instituto de Planejamento de Londrina, o IPPUL.
Desde que as marcas foram instaladas, motoristas reclamam da ineficiência e do perigo. Agora, faixas elevadas estão sendo colocadas perto, pra forçar a redução de velocidade antes. No último domingo, Felipe Ferreira dos Santos, de 24 anos, morreu perto da avenida Francisco Gabriel Arruda. Ele perdeu o controle da moto ao passar por cima da sinalização e bateu contra um poste. Partes do veículo ainda estão no local. Testemunhas disseram que o motociclista estava em alta velocidade. Em protesto, outros condutores retiraram alguns tachões da via.
Leia mais:
Quatro pessoas ficam feridas após capotamento no bairro Pioneiros Catarinenses
Após ser fechado por outro veículo, caminhão tomba na BR-163 em Cascavel
Jovem é ejetado após carro capotar por diversas vezes na BR-163 em Santa Maria
Motorista perde controle da direção e capota na BR-277 em Santa Tereza do Oeste
Esse relatório vai ser encaminhado ao Ministério Público. O NIPA quer que seja apurada a responsabilidade do município pelos acidentes e mortes que aconteceram aqui desde que passou a valer a nova sinalização. Além disso, vai pedir providências a órgãos de trânsito federais. O relatório vai também para as famílias das vítimas.
Reportagem Kathulin Tanan