Trânsito

Funcionários de empresas de ônibus reclamam de pagamento parcial

07 abr 2020 às 07:09

Funcionários de empresas de ônibus do transporte coletivo de Curitiba reclamaram à Banda B, nesta segunda-feira (6), não terem recebido seus salários de forma integral. De acordo com o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), as operadoras do setor passam por enormes dificuldades financeiras e as empresas teriam se comprometido a complementar o valor faltante ainda este mês.

Um funcionário, que preferiu não se identificar, afirma que foi informado por WhatsApp que seu salário seria parcelado em três vezes. “O pagamento estava programado para hoje e costuma cair entre as 10h e 11h da manhã. Dessa vez não caiu nesse horário e às 18h recebi uma mensagem da empresa pelo WhatsApp de que o salário seria parcelado em três vezes, sem aviso prévio. Depositaram apenas um terço do valor”, contou ele.

Em nota, o Setransp afirmou que o transporte coletivo da capital está rodando com uma oferta seis vezes maior que a demanda, que teria caído na faixa de 75%. Com isso, simplesmente não haveria recursos para fazer frente aos custos do sistema. Contudo, algumas empresas mesmo diante deste cenário teriam conseguido cumprir com o pagamento de 100% do salário de seus colaboradores.

Em conversas com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) e Sindicato dos Empregados em Escritório e Manutenção (Sindeesmat), as operadoras que não fizeram o pagamento integral dos salários teriam se comprometido a complementar o valor faltante ainda este mês, além de manter os esforços para evitar demissões.

Parcelamento

A empresa Viação Cidade Sorriso informou que o salário do mês de março será pago a todos os funcionários em três parcelas dentro do mês de abril e que necessitou adotar medidas para preservar empregos e manter as atividades. Também disse que o Vale Alimentação já está disponível a todos de forma integral.

Urbs

Já a Urbs (Urbanização de Curitiba) disse não ter feito nenhum corte de repasses e cumpriu o que está em contrato. Mas explicou que o valor repassado reflete a redução de fluxo de passageiros no sistema, que chegaria a 78%.

O Setransp ainda alertou os poderes públicos novamente para a urgência na criação de um plano de socorro ao setor, a fim de impedir o colapso do sistema.

A Urbs estaria estudando com as empresas, Setransp, Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana), governos federal, estadual e municipal, alguma solução para contornar a situação.


Banda B.

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