Com aumento cada vez maior da frota, driblando buracos e obras pela cidade, dirigir em Londrina virou quase uma façanha. O uso de transportes alternativos pode ser uma saída, mas ainda tem que se pensar em formas de estruturar o trânsito.
Na véspera da Semana Mundial do Trânsito o motorista de Londrina não tem muito o que comemorar. Dirigir pela cidade, principalmente em horários de pico pode ser um verdadeiro transtorno. A explicação para o trânsito pesado que muitas vezes tira a paciência do motorista é o aumento da frota de automóveis em Londrina. Nos últimos três anos, aproximadamente 15 mil veículos a mais, passaram a circular pelas ruas do município.
Segundo o Detran, em 2016, 371 mil veículos circulavam pelas ruas de Londrina. Em 2017 este número subiu para 375 mil, no ano seguinte 380 mil e até agosto de 2019, a quantidade de automóveis na cidade já passa de 385 mil. Os emplacamentos realizados na cidade reforçam o crescimento da frota. Em 2017, entre carros, motos e caminhonetes, 1109 veículos foram emplacados. Em 2018, 1580 e até agosto deste ano já foram quase 1490 emplacamentos.
A quantidade de motos emplacadas chama a atenção. Até agora 292 ganharam placas novas, um aumento de 28 por cento em relação a todo ano passado. Os motociclistas já notaram a diferença nas ruas. E com obras em vias movimentadas da cidade, como a avenida Brasília e a Souza Naves, o fluxo acaba nas vias de acesso, que geralmente são menores e não tem estrutura para suportar a quantidade de veículos. Mais um transtorno para o motorista.
Uma das soluções para desafogar o trânsito seria incentivar e promover o uso de transportes alternativos, como as bicicletas e até patinetes, mas para isso acontecer seria preciso rever a legislação de trânsito do município.
O que deve ajudar também é o plano de Mobilidade Urbana que está sendo desenvolvido pelo IPPUL, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano. A fase de coleta de informações já foi concluída. Confira no vídeo a reportagem completa e uma entrevista sobre o plano de Mobilidade Urbana.
Com informações Larissa Trevisan