Alimentação

Por que comer é tão caro para quem tem alergia alimentar


08/04/19 às 07:58 - Escrito por Redação Tarobá News

Por quase toda a minha vida, não percebi que tinha dor de estômago.

Pode parecer insano - e talvez, olhando para trás, (provavelmente) seja. Mas, quando você tem uma condição autoimune como a doença celíaca, muitas vezes não sabe como é viver de outra maneira. Um exame de sangue confirmou meu diagnóstico, no final do ano passado, aos 31 anos de idade. Antes disso, sempre sentia dor quando pressionava meu intestino.

Nunca pensei duas vezes sobre como meu estômago doía com frequência, sem qualquer aviso. Mas quando passei duas semanas sem conseguir sarar de uma terrível intoxicação alimentar, meu marido me disse para procurar um médico.

Assim descobri que meu sistema imunológico estava atacando meu organismo toda vez que eu comia glúten.

A doença celíaca é uma reação autoimune às proteínas encontradas no trigo, cevada e centeio. Isso não é o mesmo que uma intolerância ao glúten. Indivíduos diagnosticados com ela sofrem danos intestinais e, se não for identificada e gerenciada corretamente, a doença celíaca pode ser um precursor do câncer.

A reação das pessoas para quem conto sobre minha nova dieta sem glúten, por indicação médica, é sempre algo como: "Pelo menos você tem tantas opções sem glúten agora!". E embora nunca haja um bom momento para se ter uma alergia alimentar, eles têm razão: a crescente conscientização sobre alergias alimentares levou a uma maior variedade de opções.

Há nas prateleiras leite de nozes sem lactose, cerveja sem glúten e biscoitos sem nozes. Muitos mercados hoje têm seções inteiras de produtos "livres de". No Reino Unido, esse mercado conhecido como "free form" cresceu mais de 133% nos últimos cinco anos. Estimativas apontam que ele movimentou US$ 1 bilhão (R$ 3,9 bilhões) em 2018.

Apesar da crescente onipresença das ofertas "livres de", manter uma dieta especial para quem tem alergias alimentares, intolerâncias e reações autoimunes não é barato. Analisando especificamente os alimentos sem glúten, um estudo de 2018 no Reino Unido mostrou que alguns itens custam, em média, 159% a mais do que os convencionais.

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