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Atleta do Cascavel Olympians vai jogar em escola dos Estados Unidos

11/08/22 às 10:29 - Escrito por Assessoria Cascavel Olympians
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Num país onde o futebol é paixão nacional, o simples fato de gostar do futebol americano, esporte mais popular dos Estados Unidos, é tido como "maluquice". Mas esta mesma "loucura" levou Lucas Castro, atleta do Cascavel Olympians, até a Terra do Tio Sam para jogar pelo time da Notre Dame High School. Em apenas dois treinos com a equipe, ele chamou a atenção dos técnicos e foi integrado à equipe para a temporada.


Lucas, de 16 anos, foi para os Estados Unidos para fazer intercâmbio escolar, mas já planejando jogar pelo time local. "Desde que entrei para o Olympians, eu já pensava em vir para os Estados Unidos jogar", conta ele, que teve o primeiro contato com a bola oval há três anos, a convite de um amigo. "Eu conheci o futebol americano por um colega de jiu-jitsu. No primeiro momento eu pensei que não era um esporte para mim porque, na minha cabeça, o futebol americano era só para caras gigantescos ou muito altos, muito rápidos. Depois que eu entrei para o time, vi que qualquer pessoa pode jogar. Se você for gordo ou magro, vai ter uma posição para você. Tem lugar para todo o tipo de pessoa", comenta Lucas, que atua como jogador de linha defensiva.


Nem mesmo Thiago Miranda, que foi quem convidou Lucas para treinar futebol americano, imaginava que o amigo pudesse se destacar a ponto de chegar tão longe. "Eu não imaginava isso. Até porque ele também não pensava que pudesse jogar futebol americano. Quando convidei o Lucas, o objetivo era montar um time sub-16, mas não conseguimos por falta de atletas mais novos", diz Thiago, que na época era presidente do Olympians.

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Após se apresentar para o treinador do time de Notre Dame, o atleta cascavelense foi convidado para participar de um treino com o restante da equipe. A sua atuação agradou o head coach, que o incluiu no elenco para a temporada. Agora, Lucas se prepara para disputar o Campeonato Estadual da Pensilvânia. A competição tem duração de 10 semanas e começa no próximo dia 26.


E o sonho que começou despretensioso pode levar o defensive end do Cascavel Olympians a conseguir vaga em uma universidade americana. "Os coachs gostaram muito de mim e já recebi a ligação do recrutador. Estou no último ano [do ensino médio] e me formo em junho do ano que vem. Se receber alguma proposta, posso ir para a universidade", explica. "No começo, não achava que poderia chegar tão longe, mas tudo em tudo que faço gosto de competir e tentar ser o melhor. Então, depois de uns meses, falei: 'Beleza, talvez possa conseguir alguma coisa com isso".


Lucas espera ainda que sua trajetória possa inspirar outros atletas, não apenas colegas de time, mas também de outras equipes do Brasil, a correrem atrás de seus objetivos dentro do futebol americano. "Não é fácil, mas se trabalhar duro e correr atrás, você consegue”. Thiago também espera que o colega se torne exemplo. “Esperamos que o Lucas consiga uma bolsa integral para a universidade. Estamos torcendo por ele. Isso serve para que escolas e universidades americanas comecem a olhar para cá para buscar atletas, não apenas para o futebol americano, mas para o futebol, o vôlei”, comenta.


Espelhando-se em Kobe Bryant, lenda do basquete americano, Lucas se permite sonhar em um dia, quem sabe, atuar na NFL. "Eu já pensei nisso e acredito que se eu entrar no College, possa conseguir sim. Como eu disse, acredito muito no trabalho duro. Assim como o Kobe Bryant, que trabalhou muito para se tornar um dos melhores jogadores da NBA, se eu entrar para uma universidade com um programa bom, trabalhar duro, posso conseguir chegar na NFL", projeta Lucas.



FORMAÇÃO DE ATLETAS


O atual presidente do Cascavel Olympians, Itamar Lazzarin, lembrou que até pouco tempo atrás a equipe precisava buscar atletas de outros times para reforçar o elenco. Segundo ele, a trajetória de Lucas é reflexo do trabalho que foi iniciado há cerca de dois anos, visando a formação de novos jogadores.


“O Olympians sempre precisou buscar atletas de outros times porque não tinha equipe de base. Agora, temos um jogador que foi aprovado na seletiva de uma das melhores escolas dos estados unidos falando de futebol americano. Isso é reflexo de todo o trabalho da comissão técnica e também do Lucas. É uma conquista muito grande”, ressalta.


Itamar acredita ainda que isso deve mudar a forma como o Cascavel Olympians é visto dentro do cenário estadual e nacional. “Vemos muitos atletas americanos vindo jogar aqui, mas brasileiros indo para lá são casos pontuais. Então, acredito que isso vai dar bastante destaque para nossa equipe. Éramos vistos apenas como uma equipe do interior, mas agora podemos ser vistos como um time formador de atletas”, afirma Itamar, citando também o caso do wide receiver Breno Gustavo Machado, convocado para a seleção paranaense sub-20.

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