Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Mais Médicos: brasileiros formados no exterior terão curso preparatório reduzido

13/02/19 às 18:40 - Escrito por Estadão Conteúdo
siga o Tarobá News no Google News!

O Ministério da Saúde vai encurtar o curso preparatório voltado para médicos brasileiros formados no exterior inscritos no Mais Médicos. Numa tentativa de diminuir o vazio assistencial provocado pela saída de cubanos do programa, a pasta deve limitar o período de capacitação, hoje feito em Brasília e com 4 semanas de duração. A ideia é reduzir a carga horária na capital federal, para, assim, enviar o mais rapidamente possível os profissionais aos postos de trabalho. Não está definido ainda como essa redução será feita.

Prefeituras têm pressa para a chegada dos médicos. Cerca de 667 municípios estão há quase 3 meses sem 1.397 profissionais. "Somente no Amazonas, a estimativa é de que haja pelo menos 600 postos de atenção básica sem médicos", disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira.

Ele argumenta que, na época que foi criada, a norma tinha como objetivo maior melhorar o português de profissionais estrangeiros. "Mas nesse caso estamos falando de brasileiros. A barreira do idioma não existe." O Ministério da Saúde tem avaliação semelhante e, por isso, trabalha num novo cronograma.

Leia mais:

Imagem de destaque
OPERAÇÃO SUSPENSA

Aeroporto de Dubai fica alagado, e avião 'navega na pista'

Imagem de destaque
RELEMBRE CASOS

Romário não será o primeiro "presidente-jogador" no Brasil

Imagem de destaque
EM BRASÍLIA

Professores de universidades federais em greve têm reunião

Imagem de destaque
REFORÇO DE CUIDADOS

Casos de dengue caem no Brasil, mas números preocupam em MG

A portaria prevê que o curso seja dado em 160 horas, com avaliações periódicas. Somente poderiam ser encaminhados para as cidades atendidas no programa profissionais aprovados nesse curso de adaptação. "Defendemos a permanência da prova. Mas ela pode ser marcada antes das quatro semanas de curso", completou Junqueira.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde abriu edital voltado para brasileiros formados no exterior. Todas as vagas foram preenchidas. Com a alta adesão, a pasta acredita colocar fim a uma longa espera de prefeituras para o preenchimento de vagas abertas com a saída de Cuba do acordo de cooperação com o Brasil, em novembro. A ida dos profissionais para cidades, no entanto, não é imediata, pois há a necessidade do curso.

O Ministério da Saúde realizou uma série de etapas para o preenchimento das vagas, mas teve dificuldade de encontrar profissionais interessados em atuar sobretudo nas regiões mais distantes do País. O presidente do Conasems afirma que o problema de assistência não termina com o preenchimento desses postos. Ele conta que, antes de Cuba sair do Mais Médicos, já havia no País 1.800 postos abertos. As vagas eram de profissionais que haviam saído do programa e não foram substituídos. A promessa do Ministério da Saúde era a de que esses postos seriam substituídos num curto período de tempo, mas a prioridade seriam as vagas abertas com a saída dos cubanos.

Além dos postos que já estavam abertos, há ainda a perspectiva de que mais 900 postos sejam criados até março. São de profissionais que estavam no programa mas que completam o período de 3 anos de permanência. "Estamos preocupados, porque há uma carência ainda na assistência que precisa ser resolvida", disse Junqueira.

© Copyright 2023 Grupo Tarobá