Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Transmissor da dengue não pode ser eliminado do Brasil

25/03/24 às 16:49 - Escrito por BAND
siga o Tarobá News no Google News!

Uma pesquisa sobre a entrada de espécies exóticas invasoras em território brasileiro aponta que não é mais possível eliminar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya do território nacional. O animal chegou ao país há cerca de quatrocentos anos, mas segue se comportando como um invasor.  


O termo "espécies exóticas invasoras" se refere a plantas, animais e microrganismos que são introduzidos por ação humana, de forma intencional ou acidental, em locais fora dos seus habitats naturais.  


Neste mês, foi lançado o primeiro relatório sobre o tema produzido por pesquisadores da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, chamado "Relatório Temático sobre Espécies Exóticas Invasoras, Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos".

Leia mais:

Imagem de destaque
CONTA DE LUZ

Aneel mantém bandeira tarifária verde em maio sem custo extras

Imagem de destaque
TENTAM CONVENCER STF

Indígenas pedem discussão presencial sobre suspensão do Marco Temporal

Imagem de destaque
ECONOMIA

Portaria regulamenta regras para Desenrola Pequenos Negócios

Imagem de destaque
COM ADICIONAL

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 8


Um dos coordenadores da pesquisa, o professor Mário Luis Orsi avalia que, agora, só é possível controlar o avanço do Aedes aegypti, mas não eliminar o mosquito do território.


"É uma situação muito complicada, e que agora só nos resta o controle. Agora, é praticamente impossível eliminá-lo. Essa história de que é possível eliminá-lo, nós não acreditamos, e os fatos estão aí também para a gente mostrar isso no relatório, mas é possível se fazer um controle populacional".


Além dos impactos na saúde pública, a presença dessas espécies invasoras em território brasileiro pode gerar consequências negativas à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável. 


Ainda segundo o relatório, as espécies exóticas invasoras podem ter causado, ainda, um prejuízo mínimo anual de dez a quinze bilhões de reais à economia nos últimos trinta e cinco anos.  


O levantamento identificou 476 dessas espécies no Brasil. Ao todo, foram registradas 1.004 evidências de impactos negativos em ambientes naturais e apenas 33 impactos positivos. 


O professor Mário Luis Orsi explica que as influências positivas são pontuais e de curta duração.


"O lucro é setorizado, ele é muito particular, de poucos grupos, mas o prejuízo é social, é comunitário".


No Brasil, existem ao menos 30 regras federais relacionadas às espécies exóticas invasoras. As projeções do relatório indicam ainda que, se o cenário atual for mantido, as invasões biológicas tendem a aumentar de 20% a 30% no Brasil até o final do século.

Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá