A Prefeitura de Londrina aguarda a transferência do mocó, localizado na esquina das ruas Belém e Bahia, para dar início a demolição do imóvel. Entretanto, um aposentado, que alega ser o dono da casa, afirma que não autorizou a demolição.
Nesta quinta-feira (13), a prefeitura conseguiu uma autorização da Justiça para demolir o local, e afirmou que a proprietária do imóvel já teria sido notificada e precisaria realizar os trâmites legais para que a demolição fosse realizada formalmente.
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Conhecido como "Mansão do Tráfico", este é um dos mocós mais conhecidos da cidade, frequentado por pessoas em situação de rua e usuários de droga, que são acompanhados pela Secretaria de Assistência Social.
O local se tornou foco das atenções em janeiro deste ano, após denúncias e a prisão de um Policial Militar por suposto abuso sexual de duas mulheres. Desde então, a prefeitura vinha tentando notificar o proprietário e cogitava até entrar na justiça para conseguir o sequestro do imóvel.
Apesar da reclamação da vizinhança e da pressa por parte do município, ainda não há uma data prevista para demolição do imóvel. Por outro lado, já havia a informação de que o proprietário morava no local junto com outras pessoas em situação de rua.
Nossa equipe de reportagem conversou com o suposto proprietário, Márcio Costa Lima, aposentado, que diz que recebeu o imóvel como doação de um amigo há cerca de 12 anos e que há registro em cartório.
“Como que vai demolir uma coisa que tem dono? Só se me indenizarem. Se me indenizarem, eu vou sair. Se não, não vou sair não”, afirmou Márcio. Ele ainda garantiu que não há tráfico de drogas no local.
O Secretário de Planejamento, Orçamento e Tecnologia, Marcelo Canhada, confirmou que havia uma disputa judicial, mas não sabia informal qual, e que não cabe mais recurso em relação à propriedade.