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Denarc prende 22 pessoas em ação em quatro estados e no exterior

10 abr 2024 às 11:01

Duas facções são alvo, nesta quarta-feira, do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. A ofensiva ocorre simultaneamente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e em São Paulo.


Um traficante em Portugal também é investigado. Até o momento, 22 pessoas foram presas. A chamada 'Operação Squadrone' conta com 100 policiais gaúchos e mais 90 agentes dos outros três estados.

Eles cumprem 31 mandados de prisão, 40 ordens de busca e 26 bloqueios de contas bancárias.


O diretor geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, destaca que a ação tem o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.


"Através da integração entre a Polícia Civil dos quatro estados e, principalmente, o apoio logístico fornecido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, através da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, foi possível realizar a operação à nível nacional", afirmou.


No estado gaúcho, as diligências ocorrem em Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande.


A ação em Santa Catarina cumpre mandados em Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Balneário Camboriú, Criciúma, Içara, Itajaí, itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão.


Outras ordens judiciais são executadas em Foz do Iguaçu e Miguel do Iguaçu, no Paraná, além de Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba, em São Paulo.


A investigação começou há quinze meses, quando foram detidos um homem catarinense e uma adolescente, do Paraná.


Na ocasião, eles foram flagrados enquanto vendiam crack no bairro Intercap, em Porto Alegre.

Após a detenção do casal, apurações revelaram a existência de uma associação criminosa entre duas facções, que negociavam a venda de armas e drogas. Um dos grupos atua em Santa Catarina.


A outra é uma facção gaúcha que tem base no Vale do Sinos. De acordo com o delegado Rafael Liedtke, um dos alvos da ofensiva era responsável pela conexão entre as duas facções.


"Os traficantes gaúchos e catarinenses realizavam vultosas negociações com entorpecentes, principalmente cocaína e crack", disse.


Ainda segundo o delegado, no intervalo de 15 dias, os criminosos movimentaram mais de R$ 5 milhões com a venda de drogas. O dinheiro era destinado para contas de empresas de fachada, localizadas no Paraná e em São Paulo, e também para uma casa de câmbio, em Santa Catarina.


Um dos principais investigados é um traficante português naturalizado brasileiro, que cumpre pena em Portugal.


Ele fazia a comercialização de drogas em seu perfil nas redes sociais, e, com os lucros obtidos com a mercancia das drogas, sustentava verdadeira vida de luxo. Outro investigado cumpre pena Penitenciária Estadual De Rio Grande.


Mesmo preso, ele negociava a venda da droga conhecida como supermaconha ou "skunk".


O diretor de investigações do Denarc, delegado Alencar Carraro, enfatiza que o departamento desenvolve continuamente investigações envolvendo as principais facções criminosas que atuam no RS e que são responsáveis pela pratica de crimes graves, como os homicídios.


"A sociedade gaúcha pode ter a certeza de que os criminosos que se dizem organizados serão combatidos arduamente, sendo empregados todos os recursos disponíveis", afirmou.

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