Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Duplicação da BR-163: obra não foi concluída e já apresenta problemas

25/04/22 às 16:20 - Escrito por Redação Tarobá News
siga o Tarobá News no Google News!

As obras de duplicação da BR-163 entre Cascavel e Marmelândia começaram em 2014, e o que era para ser uma história com final feliz se tornou um pesadelo. O Grupo Tarobá de Comunicação preparou uma série de reportagens que retratam o enredo de um sonho que parou no tempo.

O ano 2014 foi um marco para as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná com o início da tão sonhada duplicação da BR-163. O ritmo dos trabalhos era bom, mas durou pouco. A obra simplesmente parou e a espera dura oito anos.

Os discursos da época davam ênfase na novidade do pavimento em concreto e a promessa de vida útil de 20 anos. Expectativa que não se confirma. O primeiro trecho liberado liga Cascavel a Lindoeste, cerca de 30 km. São menos de dois anos de uso e muitos defeitos apareceram.

Leia mais:

Imagem de destaque
MISTÉRIO

Esquadrão antibombas explode artefato deixado na Avenida Celso Garcia

Imagem de destaque
VALORIZANDO TRADIÇÕES

Apucarana participa da 2ª Exposição Riquezas do Vale do Ivaí, em Lunardelli

Imagem de destaque
CONVERSÃO PROIBIDA

Motoristas ficam feridos em acidente na Rodovia Mabio Gonçalves Palhano

Imagem de destaque
ESTRUTURA DANIFICADA

Pontes do Igapó II são interditadas após Defesa Civil apontar risco de acidente

E quem precisa passar todos os dias pelo local sofre. O seo Osni que é caminhoneiro conhece bem as condições da estrada e não está feliz com essa situação "antes do primeiro ano já fizeram um conserto até grande bom ali. Não sei se é mal feito, ou se é pela chuva. Diziam que era para 20 anos, mas está durando menos do que o asfalto preto".

E os buracos estão em vários pontos da rodovia. Há locais em que a pista nova apresenta várias fissuras. A Controladoria Geral da União abriu investigação e atestou fatos graves entre eles sobrepreço, superfaturamento e "elementos da rodovia com problemas de construção e funcionamento. Foi recomendada a "correção dos serviços em obras com problemas".

Segundo o Alexsander Maschio, gerente da regional sul da Associação Brasileira do Cimento Portland várias situações favorecem os problemas. "Um dos fatores que pode contribuir é o excesso de carga. Qualquer projeto de engenharia dimensionado para estrutura com cargas legais e com aquele excesso de carga permitido na lei por eixo. Uma carga além disso vai impactar na estrutura", explica o gerente. 

O contrato com o consórcio vencedor da licitação foi prorrogado quatro vezes, segundo o DNIT, por falta de recursos orçamentários. E 30 de dezembro de 2022 é a data final, com promessa de retomada em maio.

Enquanto isso, os desafios continuam para quem segue no local. Segundo Alexsander, "quando você não concluí a obra, você não tem a drenagem concluída. Tem passagem de água em alguns lugares que não eram para passar. Quando começa a ter água e um solo que não está compactado de forma adequada, começa a gerar os problemas".

"Patologias no pavimento de concreto podem ser decorrentes de diversos fatores. E que tais ocorrências deverão ser corrigidas pela empresa contratada, sem custo para o DNIT, considerando sua reponsabilidade pela solidez da obra." Por enquanto, esperança e receio caminham na mesma estrada.

Nós entramos em contato com o consórcio responsável pela obra, mas não houve retorno.


Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá