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Londrina: julgamento de acusados de assassinar agente penitenciário pode terminar nesta sexta-feira

26 ago 2022 às 07:29

O julgamento dos acusados da morte de um agente penitenciário em Londrina pode terminar nesta sexta-feira (26). O júri popular dos seis réus ocorre desde quarta-feira (24), depois de quase seis anos, no Fórum Criminal. 


O júri será retomado na manhã desta sexta-feira com debates e as falas da acusação e defesa dos réus. Tanto a acusação como a defesa dos réus terão duas horas cada para se manifestar.  Na sequência, o julgamento terá intervalo para o almoço e, após isso, os jurados vão deliberar sobre a sentença. A previsão é que o resultado seja divulgado no fim do dia. 


O crime ocorreu em dezembro de 2016. Dois veículos com oito agentes penitenciários do Serviço de Operações Especiais (SOE) saíram da PEL II após uma revista e seguiam rumo à PEL I. No caminho, eles foram cercados por criminosos que chegaram em outros dois carros efetuando disparos de fuzis.


Thiago Borges de Carvalho, de 33 anos, foi atingido na cabeça e morreu. Outros dois agentes que estavam no mesmo veículo que ele foram atingidos de raspão e ficaram feridos.


Cerca de seis meses depois, sete homens foram presos. Seis permaneceram detidos e estão sendo julgados. As investigações apontaram que o ataque foi orquestrado por uma facção criminosa e foi uma represária pelo trabalho dos agentes nas penitenciárias.


Os seis réus seguem para o Fórum com escolta reforçada do Serviço de Operações Especiais do Departamento de Polícia Penal e Polícia Militar. No primeiro dia até um helicóptero foi utilizado para a segurança. O júri é restrito. Somente os advogados e familiares dos envolvidos podem participar. Representantes do Sindarspen, que é o sindicato dos policiais penais, acompanham o julgamento pelo lado de fora.

 

Os réus estão sendo julgados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O advogado de defesa de um dele nega o envolvimento no crime. “O Igor Sales não participou em hipótese alguma dessa situação. Há provas concretas que ele esteve no INSS no dia e que está há cinco anos preso sendo inocente”, apontou o advogado Peter Kelter.

 

Para a acusação, a expectativa é de penas de 300 anos de reclusão. “Estamos falando de um homicídio duplamente qualificado consumado e outros tentados. Então vamos ver qual vai ser o entendimento dos jurados e do juiz”, disse o assistente de acusação Mário Barbosa.

 

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