A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) deve definir nos próximos dias o novo modelo de coleta de material reciclável em Londrina. Não está descartada a terceirização do recolhimento e a locação de novos barracões.
O Grupo Tarobá de Comunicação acompanha o caso desde o final do ano passado, já que muitos moradores reclamavam que a coleta não passava em muitos bairros. Com isso, foi verificado que existem cooperativas que não conseguem dar conta da demanda e outras não possuem demanda.
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Por conta do problema, a CMTU tem estudado um novo modelo da coleta do material reciclável. Segundo o presidente da companhia, Marcelo Cortez, a dificuldade é a logística.
“As cooperativas fazem um grande trabalho, que é essencial para a cidade. Nosso problema hoje é a logística. Qual seria a solução? Por meio das cooperativas ou a terceirização. Lógico que as cooperativas farão os trabalhos principais, com o recebimento e separação destes materiais. Temos também que ajudar as cooperativas na comercialização”, afirmou.
As sete cooperativas, que prestam o serviço em londrina, passaram a receber dois reais e nove centavos por domicilio. São sete centavos a mais, que o contrato anterior, que venceu no dia 16 de outubro. A renovação vale por mais seis meses. Para os líderes das cooperativas, o aumento ainda não foi no valor ideal, que seria de R$ 2,42. O preço dos materiais, que passam pela triagem e destinação, é variável.
Nos últimos meses, o setor tem encontrado dificuldade para vender os recicláveis e quase não consegue dar conta da folha de pagamento. Outra alteração foi o percentual pago de INSS. Atendendo a uma reivindicação da categoria, o município passará a pagar os 20% do INSS. Antes custeava apenas 11% e as cooperativas tinham que bancar os outros 9%. A mudança foi considerada um avanço.
A novidade também é resultado de cobranças do ministério público, que desde o ano passado formou um grupo de trabalho, que inclui representantes da coleta seletiva, do próprio ministério público e pesquisadores de universidades, para pensar um novo modelo e coleta seletiva. O objetivo tem sido melhorar as condições de contrato firmado entre a CMTU e as cooperativas a medida foi tomada, depois que um edital de licitação, publicado pela companhia em 2022, para contratação de uma terceirizada para fazer o trabalho de coleta nas casas foi suspenso pela justiça. A suspensão aconteceu depois que os próprios recicladores procuraram o Ministério Público e denunciaram a situação.