Cidade

Prorrogado contrato com cooperativas de reciclagem

27 out 2021 às 15:32

A Cocepeve é responsável pelo atendimento a 25 mil domicílios, distribuídos nas regiões norte, sul e leste da cidade. A cooperativa tem um contrato firmado com a prefeitura em 2017, que venceu no ano passado. De lá pra cá já foram três aditivos de tempo. O terceiro anunciado recentemente pela CMTU. A prorrogação é por mais seis meses. A presidente da cooperativa, Sandra Araújo não se surpreendeu

A prorrogação veio sem reajuste nos valores praticados em contrato. A Cocepeve recebe por mês cerca de R$ 40 mil. Valor que a cooperativa considera defasado porque as despesas aumentaram. O aluguel, que custa R$ 10 mil por mês teve que ser negociado.

Com a pandemia, a cooperativa passou enfrentar o outro problema: o aumento dos catadores individuais. Em abril de 2020, a Cocepeve coletava por mês mais de cem toneladas de material reciclável. Agora a média é de trinta. O local chegou a ter 44 cooperados. Agora tem apenas 21. O ideal seriam 38. A Cooper Região também tem enfrentado dificuldades. A cooperativa tem 111 cooperados e comercializa em média 110 toneladas de recicláveis por mês. Também teve o contrato prorrogado pela terceira vez pela CMTU. O presidente da Cooper Região diz a quantia recebida pela prefeitura cobre os gastos, mas que a margem é apertada. A cooperativa recebe cerca de R$ 160 mil por mês, mas tem aproximadamente R$ 155 mil de despesas. A queixa é que os valores estão defasados.

O aumento do diesel impactou o orçamento da cooperativa. A Cooper Região tem seis caminhões e gasta por mês R$ 18 mil com combustível. Outro fator que afeta as despesas é o crescimento do número de domicílio. A cidade aumentou. Quando assinou o contrato a cooperativa era responsável por 89 mil. hoje estima que atende mais de 100 mil, o que faz aumentar os custos.

Com a prorrogação a CMTU terá seis meses para pensar um novo modelo de contratação de cooperativas de coleta seletiva. Isso deve ocorrer na mesma época em que será elaborado o plano de municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, previsto em lei federal. As cooperativas esperam que os valores sejam corrigidos no novo contrato. Eles também pedem uma solução para o problema dos catadores individuais.

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