Cotidiano

Corte de professores da UEL pode afetar HU e diminuir vagas no vestibular

23 jul 2019 às 16:36

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) anunciou que os cortes de professores temporários para o segundo semestre desse ano pode causar redução no atendimento do HU e diminuir o número de vagas no vestibular. 

Para o segundo semestre a Universidade Estadual de Londrina previa um total de 8.633 horas. Com o veto do governo, os contratos de 366 professores temporários devem ser interrompidos já a partir do dia primeiro de agosto. Além disso, o número de vagas no vestibular do ano que vem pode ser reduzido. 

Para o primeiro semestre de 2019, estavam previstas a contratação de 67 mil horas em regime especial para todas as universidades do estado, número autorizado pela Casa Civil, que condicionou a liberação ao envio de informações detalhadas das necessidades de cada instituição. 

Segundo o reitor da UEL, a documentação foi encaminhada ainda no primeiro semestre. O governo do estado se defendeu e informou que há um deficit orçamentário de mais de R$ 123 milhões nas despesas de pessoal das Universidades, que também teriam pago mais de R$ 20 milhões em serviços extraordinários não autorizados. Além disso, das sete universidades estaduais, apenas duas estão no sistema Meta 4. 

O governo informou ainda que encontrou discrepâncias nas folhas de pagamento de algumas instituições e, por fim, que a UEL, UEM e Unespar ultrapassaram os limites de valores e horas autorizados para o primeiro semestre. 

Este ano nenhum docente foi nomeado, mas 17 tomaram posse por medida judicial. O deficit da UEL é de 250 professores e cerca de 1100 técnicos. O problema é que se o veto for mantido, dos 1200 docentes ativos, restariam apenas 834, fora os que estão em processo de aposentadoria. Além disso o HU teria que reduzir os atendimentos, o que comprometeria o já precário sistema de saúde do município.

Reportagem: Larissa Trevisan

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