Cotidiano

Metalúrgico morto por coronavírus buscou ajuda em UPA e quadro evoluiu rapidamente

08 abr 2020 às 15:10

O metalúrgico de 57 anos, que morreu por coronavírus em Curitiba nesta terça-feira (8), começou com sintomas há uma semana, quando procurou ajuda em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Como os sintomas eram leves, foi liberado e continuou até trabalhando e usando o ônibus do transporte coletivo, de acordo com a família. Dias depois se sentiu mal novamente, voltou a UPA e foi medicado, sendo pedido o isolamento domiciliar. Já no sábado o quadro se agravou e ele foi levado até o Hospital Evangélico Mackenzie, onde foi entubado e morreu nesta terça-feira (7).

Uma familiar próxima do metalúrgico contou que ele começo sentindo dores pelo corpo. “Ele foi para a UPA na semana passada e falaram que estava com gripe, porque não tinha febre. Continuou até trabalhando e, como não melhorou, voltou para o UPA, onde pediram para ficar isolado. Deram paracetamol e só. No sábado, levaram ele para o Hospital Evangélico, porque estava muito mal. Foi entubado e ficou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Daí, na segunda-feira confirmou o Covid 19 e na terça-feira morreu”, explicou.

Com o surgimento dos primeiros sintomas o metalúrgico chegou a usar o ônibus para trabalhar. A família não sabe como ele contraiu o coronavírus. “Não dá para saber quando ele pegou”, disse a parente, que lamentou também a forma em que a despedida acontece. “Colocam em um saco preto e você nem vê nada. A sensação é de você não saber se está enterrando um familiar seu mesmo”, disse.

A familiar lamentou quem brinca que o coronavírus é uma ‘gripezinha’. “Ele era do grupo de risco, com hipertensão e diabetes, mas a gente nunca espera que isso vá acontecer.  Era uma pessoa especial, que tinha um carinho enorme pela gente. Eu estou muito abalada por não poder dar um último adeus para ele. Ele não merecia isso”, concluiu, muito emocionada.

Fonte: Banda B

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