Cotidiano

Moradores relatam que não tiveram direito de negociar com o Consórcio Iguaçu

22 out 2018 às 21:10

Duas famílias de Capitão Leônidas Marques foram obrigadas hoje a deixar suas moradias, sob ordem da justiça. Elas estavam em uma área que passou a pertencer ao consórcio responsável pela usina hidrelétrica do Baixo Iguaçu. Cerca de 15 policiais cumpriram a reintegração de posse.

Onde ficavam as casas, restaram escombros. Móveis ficaram para trás, assim como chiqueiro dos suínos. Máquinas cedidas pela prefeitura foram usadas pra demolir moradias e galpões.

A reintegração de posse começou às 9 horas da manhã. Cerca de 15 policiais do choque e rotam cumpriram a determinação judicial.

Durante boa parte do dia, a entrada das propriedades permaneceu bloqueada. Só entravam e saíam os caminhões de mudança. Os moradores só saíram da área às 16h, ao fim da operação.

A desocupação da área, que fica às margens da PR 484, em  foi determinada pela Justiça em setembro. O local, passou a pertencer ao consórcio responsável pelas obras da usina.

A Usina do Baixo Iguaçu, no sudoeste do estado, está em construção desde 2013 e vai custa mais de R$ 1 bilhão. Serão alagadas áreas em Capitão, Realeza, Planalto e Nova Prata. Cerca de 600 famílias estão sendo afetadas, e aproximadamente 40 ainda aguardam na Justiça o direito de indenização.

Os moradores que desocuparam as casas hoje reclamam que não tiveram o direito de negociar com o Consórcio Iguaçu.

Reportagem Carlos Turmina

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