Londrina
Cascavel
  • Londrina
  • Cascavel

Atletas classificados aos Jogos de Paris ganham reforço no Geração Olímpica e Paralímpica

26/06/24 às 17:24 - Escrito por Agência Estadual de Notícias
siga o Tarobá News no Google News!

Treinos pesados, cuidados com a alimentação, viagens para competições de alto nível e equipamentos de última geração. Além de muito talento e dedicação, a preparação de um atleta para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos exige investimentos. E pelo menos 30 atletas e treinadores que embarcam para Paris, na França, nas próximas semanas receberam o apoio financeiro do Governo do Paraná com bolsas do Programa Geração Olímpica e Paralímpica. 


Neste ano, o projeto estadual, patrocinado pela Copel, paga bolsas mensais de R$ 3 mil por seis meses aos atletas classificados para a Olimpíada e Paralimpíada de Paris - R$ 1 mil a mais do que o valor convencional. Foram abertas 45 bolsas, sendo que 30 atletas e paratletas já estão classificados para os Jogos. Já para os atletas de outros níveis, o valores variam entre R$ 250 e R$ 2 mil, totalizando 1,2 mil esportistas. O investimento total em 2024 é de R$ 5,2 milhões. 


Para a curitibana Bárbara Domingos, que é bolsista do programa desde 2012 e uma das grandes esperanças de medalha na ginástica rítmica, o apoio foi fundamental na preparação para os jogos. “A bolsa foi essencial para que eu pudesse fazer treinamentos e viajar para competições em vários países ao longo deste ciclo olímpico e também para ter meus equipamentos, que são caros. Uma bola ou uma fita de ginástica rítmica são mais de R$ 400, por exemplo”, disse. 

Leia mais:

Imagem de destaque
SOBRE RIBEIRÃO PINGUIM

Governo inaugura nova ponte que liga Maringá e Sarandi, na região Noroeste

Imagem de destaque
ACESSOS

Obra da Ponte de Guaratuba inclui monitoramento da flora para preservação ambiental

Imagem de destaque
SUSPEITA DE ABUSO

Bebê de três meses morre em Curitiba e pais são autuados por suspeita de abuso sexual

Imagem de destaque

Mulher é encontrada morta com tiro na cabeça em Curitiba


Nos últimos anos, Babi, como é conhecida, conseguiu a melhor colocação de uma brasileira no Mundial de Ginástica, com a 11ª posição, e foi bicampeã do Panamericano de Ginástica Rítimica. Ela tem como objetivo ficar, pelo menos, entre as 10 melhores classificadas na categoria individual da competição. 


O atleta de paracanoagem Igor Tofalini, que é bicampeão mundial da modalidade e está classificado para competir em Paris, também destacou a importância da bolsa. “Eu estou vinculado ao programa desde 2018, quando ganhei meu primeiro Mundial. De lá para cá, sou bolsista todos os anos. É muito importante para a minha preparação. É um valor que ajuda no meu treinamento, na minha fisioterapia e na compra dos meus equipamentos, para que eu possa ter foco total nas competições”, disse. 


Proesporte: Governo anuncia novo edital de R$ 50 milhões para apoiar projetos esportivos

APOIO – O valor pode ser usado de acordo com a conveniência do esportista, tanto para compra de equipamentos, como para pagar viagens, acompanhamento com especialistas e treinamentos. 


Para Isabela de Abreu, que vai participar da competição de pentatlo moderno em Paris, a bolsa-atleta foi usada para comprar desde espadas e armas até tênis. “O meu esporte é muito complexo. São cinco modalidades diferentes, e cada uma delas tem um tipo diferente de equipamento. Para uma competição, por exemplo, eu preciso levar três espadas para esgrima, pelo menos duas armas para a disputa de tiro esportivo e ainda em Paris, que não sabemos qual vai ser o piso da corrida, eu preciso levar quatro tênis diferentes”, explicou. 


Medalha de prata no Mundial de Boxe e nos jogos Pan-Americanos e esperança de medalha para o Brasil em Paris, o meio-pesado Wanderley Pereira explicou que usou a bolsa, principalmente, para viajar para outras competições, em que já enfrentou os principais oponentes que vai encontrar nos ringues franceses. “É fundamental treinar e competir junto dos melhores do mundo. Foram campeonatos importantes para eu chegar familiarizado a estes lutadores e estar bem preparado para Paris”.  


O programa do Governo do Estado também é um dos poucos do Brasil que apoia técnicos de equipes olímpicas. É o caso do treinador da Seleção Brasileira de Boxe, Adailton dos Santos Gonçalves. Ele conseguiu classificar dez pugilistas para os Jogos de Paris, o que faz do Brasil a segunda maior delegação da modalidade nas Olimpíadas deste ano.  


“Os deslocamentos e os treinamentos têm custos e muitos dos atletas vêm de famílias pobres, sem condições de bancar isso. A bolsa é essencial para que hoje eles possam estar nas principais competições do mundo representando o Paraná e o Brasil”, disse Adailton. 


FOCO – Para participar das principais competições do mundo, os atletas precisam de dedicação total à prática esportiva. O objetivo do programa é dar tranquilidade aos selecionados pelo programa nesta preparação, sem que precisem dividir a atenção com outras atividades que possam atrapalhar no desempenho esportivo. 


“O programa permite que eu não precise me distrair com outros trabalhos ou outras atividades. O foco é total no esporte, para ter o melhor desempenho e a melhor performance”, afirmou o meio de rede Anderson dos Santos, jogador de vôlei sentado, que há 5 anos é bolsista do Geração Olímpico e Paralímpico e, neste período, conseguiu chegar à quarta colocação na Paralimpíada de Tóquio-2020. 


A atleta Drica Azevedo, da paracanoagem, explica que é importante ter o suporte ao longo dos anos de preparação para os jogos, já que os gastos não se resumem aos investimentos feitos às vésperas da competição. “São cuidados com a saúde, com fisioterapeutas, médicos e nutricionistas, por exemplo, que demandam um suporte contínuo”.  


INVESTIMENTO – O Programa Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa estadual de apoio ao esporte de alto rendimento em todo o Brasil. Desde a sua criação, em 2012, já foram mais de R$ 50 milhões investidos em atletas de diferentes níveis.  


Os editais das bolsas são abertos anualmente e a concessão delas acontece mediante a comprovação de bons desempenhos esportivos em diferentes competições. Os valores são pagos aos atletas por seis meses. 


Todos os anos, as categorias variam entre Formador Escolar (R$ 250/mês), Técnico Formador Escolar (R$ 500/mês), Estadual (R$ 500/mês), Técnico Estadual (R$ 1 mil/mês), Nacional (R$ 1 mil/mês) e Internacional (R$ 2 mil/mês). Neste ano, os atletas classificados às Olimpíadas e Paralimpíadas receberão uma bolsa maior, de R$ 3 mil por mês.  


De acordo com a coordenadora do Geração Olímpica e Paralímpica, Denise Golfieri, foram abertas 45 vagas para a categoria mais alta do programa. “Já temos 30 nomes oficialmente convocados, que garantiram suas vagas, mas a expectativa é fr que alguns atletas ainda consigam se classificar nas últimas seletivas e possamos passar de 35 bolsistas em Paris”, disse. 


Nas Olimpíadas anteriores, o programa enviou seis bolsistas para Londres, em 2012, 34 atletas para o Rio de Janeiro, em 2016, e 35 esportistas para Tóquio, em 2021. Ao todo, os atletas-bolsistas ganharam 15 medalhas.

Notícias relacionadas

© Copyright 2023 Grupo Tarobá