Paraná

Bloqueio de verbas pode prejudicar atividades da UEL no 2º semestre

16 mai 2019 às 20:57

Depois do anúncio de contingenciamento pelo Governador do Paraná, Ratinho Júnior para as universidades estaduais, as instituições reagiram: a UEL já adiantou que se não houver desbloqueio, as atividades do segundo semestre podem ser comprometidas.

Neste ano a previsão é gastar R$36 milhões com receitas de custeio, ou seja, sem contar investimentos em infraestrutura. 60% do custeio com a educação vem de fontes da própria da universidade, por exemplo, arrecadação com serviços, como do Hospital Veterinário, e preços públicos, como a inscrição do vestibular. Os outros 40% são pagos pelo Estado. No setor de saúde que envolve Hospital Universitário e Hospital das Clínicas, 80% do custeio são pagos com recursos do SUS e apenas 20% do Estado. 

Ainda assim o governo estadual retém 30% das receitas arrecadadas pelas universidades aplicando uma lei que não deveria servir para saúde e educação. Dos R$ 150,00 pagos pela inscrição para o vestibular, por exemplo, R$ 100,00 ficam para a UEL, o restante volta para o tesouro. A folha de pagamento da UEL é de R$ 475 mil por mês com educação, mais R$ 261 mil nos serviços de saúde. O governador Ratinho Júnior tem cobrado prestações de contas sobre investimentos de recursos e quer utilizar as informações para direcionar o dinheiro. Mas se os bloqueios e contingenciamento continuarem, as universidades estaduais terão problemas no segundo semestre. Também tem se discutido o custo do aluno da universidade pública em comparação com o das universidades particulares. 

Segundo o reitor é preciso desconsiderar nessa conta os serviços públicos prestados pelos projetos de pesquisa e extensão da UEL. Desde área da saúde, como hospitais e clínica odontológica, como também atendimento a pessoas deficientes e idosos, cursos de idiomas, Rádio Universidade e todos os outros que tem como objetivo atender a população, incluindo incubadoras tecnológicas e desenvolvimento de produtos e métodos científicos.

Reportagem: Lívia de Oliveira

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