Após o crime, a família que morava em frente ao local da abordagem e era testemunha no processo, se mudou. A família da vítima também está trocando de endereço por medo de possíveis retaliações. A irmã do Matheus não gosta de mostrar o rosto e ainda entra em pânico quando vê uma viatura.
Matheus Evangelista tinha 18 anos e participava de uma festa, na zona norte. A cena do crime foi reconstituída de acordo com várias versões, de guardas e testemunhas. Chegou -se à conclusão de que Guarda Municipal teria sido chamada para atender uma reclamação de perturbação do sossego. Durante a abordagem, o agente da guarda Michael de Souza deu um tiro para o alto.
Na sequência, o então agente Fernando Neves teria feito um segundo disparo, que atingiu o estudante no pescoço. Em vez de isolaram o local e chamarem socorro, os guardas levaram Matheus de viatura para o hospital da zona Norte, que não atende casos tão graves e, de lá, o garoto foi transferido para o Hu, mas não resistiu. A juíza Elizabeth Kather decidiu que os dois agentes vão a júri popular.
Fernando Neves está preso e Michael em liberdade condicional com uso de tornozeleira. A família de Mateus Evangelista espera que haja condenação dos responsáveis e, acima de tudo, mais equilíbrio na segurança pública.
Reportagem: Lívia de Oliveira