Relatório da criminalidade no primeiro trimestre no Paraná aponta redução nos crimes contra a pessoa e o patrimônio e o menor índice de homicídios para o período desde que os registros começaram a ser computados pelas autoridades, em 2007. Foram 509 mortes neste ano, contra 628 em janeiro, fevereiro e março do ano passado, um declínio de 19%.
“Essa redução dos crimes em geral no Paraná, mas principalmente de homicídios, se deve a ação da Polícia Militar no policiamento preventivo e ostensivo, e também ao trabalho qualificado, um aperfeiçoamento das investigações feitas pela Polícia Civil, pois quando se tira de circulação um homicida, identifica e o indicia, isso desencoraja outras pessoas que planejam ou pensam em cometer um crime dessa natureza”, afirma o secretário da Segurança Pública, Júlio Reis.
“Vale ressaltar também a atuação da Polícia Científica com mais técnica, melhores condições de trabalho, em razão das novas construções de IML e a contratação agora de novos peritos. Tudo isso tem dado um resultado muito satisfatório na redução dos crimes contra a vida”, avaliou o secretário.
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O levantamento realizado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) confirma uma tendência de queda consistente nos homicídios no Paraná. A contagem geral de 2017 em todo o Estado foi de 2.184 mortes, também o menor número em dez anos.
Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública, apenas três apresentaram aumento nos números de homicídios no comparativo do primeiro trimestre deste ano com o de 2017. Entre as que estão na contramão da queda geral em assassinatos está a AISP de Paranaguá, que abrange os municípios do litoral e que registrou nove mortes a mais em 2018: foram nove em 2017 e agora 38.
“O aumento do número de homicídios em Paranaguá foi pontual e pode ser atribuído à disputa pelo domínio do tráfico de drogas em basicamente duas regiões distintas. A polícia civil de Paranaguá agiu com rigor frente a este aumento, já elucidou 85% dos homicídios praticados e prendeu 90% desses autores até o presente momento”, afirmou o delegado de Paranaguá, Rogério Martins.
Ele explicou que essa ação de combate ao tráfico refletiu positivamente nos crimes patrimoniais, que são em sua maioria os que fomentam o tráfico. Por esta razão, houve uma considerável diminuição nos índices de furtos (-26%) e roubos (-19%) na região do Litoral do Paraná.
Também houve aumento nos homicídios na área integrada de São Mateus do Sul (de 7 para 10 casos) e Umuarama (21 para 28). Ambas, contudo, também seguiram a tendência de queda nos crimes patrimoniais.
Curitiba, com 80 mortes; Paranaguá, com 23, Londrina (18), São José dos Pinhais, (18) e Ponta Grossa, com 16, foram os cinco municípios mais violentos no trimestre.
Fonte: AEN