O empresário Carlos Azarias, acusado de chefiar um esquema de fraudes no IPTU, foi preso preventivamente na tarde desta sexta-feira (7). Ele estava na sede do Gaeco prestando depoimento e foi detido após a oitiva.
Azarias e outras 27 pessoas são réus na Operação Password. A suspeita é de que débitos do IPTU tenham sido reduzidos e até cancelados. O prejuízo aos cofres públicos pode ter passado de R$ 1 milhão.
Entre os réus estão proprietários de imóveis beneficiados pelo suposto esquema, servidores municipais e uma ex-estagiária da prefeitura de Londrina, Camila Azarias, filha de Carlos Azarias.
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"Ele (Azarias) montou todo esse esquema, tinha a filha dele na prefeitura atuando como estagiária e fazia a função de intermediário entre o poder publico e os articulares. Ele procurava as pessoas, cobrava por isso e passava as informações para o núcleo que atuava na prefeitura", afirmou o promotor Leandro Antunes.
Ainda segundo o Ministério Público (MP), a justificativa da prisão, pedida em outubro deste ano, seria a possível reiteração na prática de crimes por parte de Azarias. Os outros réus respondem ao processo em liberdade e estão proibidos pela justiça de se aproximar de prédios públicos.
Prisão surpreendeu defesa
O advogado Carlos Lamerato, que representa Azarias, considera a prisão desnecessária. "A defesa fica consternada com a prisão. Meu cliente cooperou com as investigações e inclusive estava no prédio Gaeco prestando depoimento em uma investigação paralela".
A oitiva da qual Azarias participava na condição de investigado fazia parte da Operação Vastum, derivada das investigações da Password, que investiga eventuais delitos cometidos por fiscais da Sema.
A defesa de Azarias negou haver evidências de que seu cliente estivesse cometendo crimes e afirmou que estuda medidas para revogar a prisão.