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Ministério Público divulga conversas entre vereadores sobre suposto esquema de propina

09/02/18 às 20:30 - Escrito por Murilo Pajolla
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No dia em que o Ministério Público (MP) denunciou 13 pessoas investigadas no âmbito da Operação ZR3, foram divulgadas novas evidências da existência de um esquema de pagamento de propina para agentes públicos de Londrina. 

Em uma conversa gravada em abril de 2017 entre os vereadores afastados Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), é possível ouvir Alves admitindo que procurou Luiz Guilherme Alho - apontado pelo MP como o “meio de campo” entre empresários e vereadores - para discutir a situação de um terreno da família de Júnior Zampar, que denunciou o esquema ao Gaeco.

No final da conversa, encontrada no celular de Takahashi, Alves diz ao colega que concordaria em “trabalhar no projeto” – a alteração do zoneamento do terreno do empresário -, mas que no final não poderia receber um “tapinha do ombro”, e sim “trabalhar uma coisa mais certa, mais firme”.

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Essa é uma das provas, que, para o MP, comprovam os crimes de corrupção ativa e passiva e organização criminosa que constam da denúncia. Desde a deflagração da operação ZR3 no dia 24 de janeiro, surgiram outros dois nomes que estão na mira dos investigadores: Antônio Carlos Gomes Dias e Júlio Cesar Cardoso. Segundo o MP, eles também pagaram propina para mudança de zoneamento. Ambos estão entre os denunciados. 

Outra evidência, já periciado pela criminalística, é uma conversa de WhatsApp entre o então chefe de gabinete de Rony Alves, Evandir Aquino, e o empresário Vander Mendes. O empresário diz que está escrevendo para dar “uma satisfação”, alega dificuldades financeiras e pede mais 30 dias para “colocar ordem na casa”, ao que Aquino responde: “sem problemas”. Para o MP, o assunto dos dois seria propina paga pelo empresário ao vereador Rony Alves.

Foto: Reprodução/Ministério Público

Próximos passos

A denúncia foi encaminhada ao juiz da 2ª Vara Criminal, que decidirá se dá seguimento ou não à ação penal. Os documentos também foram encaminhados à prefeitura e à câmara para apuração de responsabilidades. De acordo com o Gaeco, outros cinco fatos investigados acabaram de fora dessa denúncia porque precisam de mais investigação. Com isso, abre-se a possibilidade de mais nomes aparecerem nas próximas fases da operação.

(Reportagem: Luciane Miyazaki)

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