O Ministério Público pediu que a motorista que causou acidente matando duas pessoas num acidente na avenida dez de dezembro vá a juri popular. O bafômetro acusou embriaguez da mulher. Para a promotoria, há fortes indícios de que ela tenha cometido homicídio com dolo eventual, quando mesmo sem ter a intenção de cometer um crime, assume esse risco.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Daiane Cristina Freire, de 37 anos, avança o sinal vermelho em alta velocidade e atinge a moto parada no semáforo. Motociclista e passageiro foram arremessados e morreram no local. Eles eram Jean Goulart e Eliede Oliveira. O acidente aconteceu na madrugada de 1º de maio na avenida Dez de Dezembro.
Segundo o MP, mesmo uma hora depois do atropelamento, o teste do bafômetro acusou 10,2 decigramas de álcool por litro de sangue, enquanto o máximo permitido por lei é de 6 decigramas. Ela foi presa no mesmo dia, mas liberada três dias depois e responde em liberdade. O inquérito policial apontou homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, mas no pedido, a promotora Claudia Rodrigues Piovezan afirma que a motorista tinha capacidade de prever que poderia matar alguém dirigindo acima da velocidade permitida na via e embriagada. Ela pede que o caso seja encaminhado da 3ª para a 1ª Vara Criminal, podendo ir a juri popular. A pena pode saltar de 8 para 20 anos de prisão.
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A defesa de Daiane Cristina Freire contesta o Ministério Público, alegando que não há dolo eventual. Ou seja, ela não assumiu o risco de matar. O advogado quer que o processo continue na 3ª Vara Criminal.
(Colaboração: Kathulin Tanan)